Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Por que o Atlético-MG não é o maior time do Brasil hoje
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Não é clubismo, juro.
O Galo pode ter o melhor time da temporada. Os números são fortíssimos.
No Brasileiro: quase 75% de aproveitamento, melhor mandante (91% de aproveitamento em casa!), melhor visitante, artilheiro, recorde de vitórias seguidas, segunda maior pontuação e segundo maior número de vitórias da era dos pontos corridos (só atrás do Flamengo de 2019). Líder desde a 15ª rodada, domínio absoluto. Até a marca de melhor média de público o clube embolsou.
Na Copa do Brasil, passou como um trator por seus adversários, marcando doze gols entre semis e finais. Não deu nem chance a Fortaleza e Athletico de sonharem com o título.
Há quem defenda que alguns campeonatos nacionais são mais difíceis de vencer que os do continente. Premier League versus Champions League é um debate que costuma render. Já conheci quem sustentasse o mesmo sobre o Brasileirão e a Libertadores. Opinião cada uma tem a sua e respeito.
O fato é que um torneio coloca frente a frente os melhores de um país. Um baita país, diga-se. Paga 33 milhões de reais em premiação (a Copa do Brasil paga 61 milhões!).
O outro, os melhores de Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, toda a América do Sul. Paga 130 milhões de reais ao campeão.
Me julguem, mas o maior time do ano é aquele que vence o maior título do ano. Para mim, este título é a Libertadores. Título que o Palmeiras venceu, em 2021. Duas vezes.
Claro, o melhor time sempre pode perder no mata-mata e acabar não levando um título que teria toda a condição de conquistar. Porque não foi melhor naquele embate. É da natureza das competições eliminatórias. Só que aí a discussão envereda pelo caminho do subjetivo. Objetivamente, só há o campeão e aqueles que ficaram para trás.
Isso não significa qualquer demérito ao Atlético-MG, que conquista uma tríplice coroa histórica, com uma campanha avassaladora. Que não só dominou, como impressionou, com um futebol bonito, ofensivo, vistoso.
Apenas não consigo deixar de mencionar a boa vontade de alguns segmentos em cobrir o Galo e Cuca de louros, enquanto Palmeiras e Abel seguem questionados. Vários pesos e várias medidas.
Que na próxima temporada insana pré Copa do Mundo, sejamos capazes de louvar com justiça todo o futebol brasileiro, que fecha este ano insano com resultados inesquecíveis.
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