CBB pagou só nove de 60 parcelas de empréstimo com o Itaú; dívida é de R$ 3,7 milhões
A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) acumula uma dívida de R$ 3,7 milhões com o Banco Itaú. O débito tem como origem um empréstimo não quitado que a entidade tomou junto ao banco.
No dia 27 de fevereiro do ano passado, a CBB pegou emprestado R$ 3,03 milhões em uma agência do banco no Rio de Janeiro. O empréstimo seria pago em 60 parcelas, com juros de 1,5% ao mês. A primeira parcela foi paga no dia 27 do mês seguinte. A partir da parcela do dia 27 de dezembro do ano passado, a CBB deixou de quitar seus compromissos.
Com isso, no dia 6 de maio deste ano, juntando os juros e as multas pela inadimplência, a CBB devia ao Itaú R$ 3,37 milhões. O banco, então, decidiu executar judicialmente a dívida, conforme informou o blogueiro do UOL Fábio Balassiano.
O processo de cobrança corre na 3ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Com o número 0201970-92.2013.8.19.0001, o Banco Itaú, através das advogadas Germana Vieira Do Valle e Camila Baião Luquini, acionou na Justiça a CBB e colocou como réus o presidente da entidade, Carlos Nunes, e o secretário-geral, Edio José Alves.
Os dois dirigentes constam como réus porque foram eles que assinaram o contrato de empréstimo. Se a dívida não for paga, bens pessoais de Nunes Alves poderão ser penhorados. De acordo com uma fonte ligada ao Itaú, porém, é improvável que isso ocorra. É que a CBB já estaria se articulando para realizar o pagamento e colocar fim ao processo.
Esta não é a primeira vez que a CBB toma dinheiro emprestado do Itaú. Em 2010, a confederação pegou mais de R$ 2 milhões emprestados da instituição financeira, para serem pagos em até 2017, com juros de 10% ao ano, conforme mostra balanço financeiro da entidade.
É grave a crise financeira da CBB, que terminou o ano de 2011 com uma dívida de R$ 7 milhões, um aumento de 39% em relação a 2010. Já o ano de 2012 fechou com R$ 8,8 milhões de dívidas, um crescimento de R$ 1,8 milhão em relação ao ano anterior, ou 25,7%.
A entidade máxima do basquete brasileiro é erguida com dinheiro público, advindo de patrocínios de empresas estatais. Em 2011, a receita total chegou a R$ 25,2 milhões, recursos quase totalmente advindos da Eletrobrás. Em 2012, entraram R$ 25,7 milhões no caixa da CBB. Em 2013, a receita da Eletrobrás diminuiu, mas a CBB receberá cerca de R$ 14,8 milhões do Ministério do Esporte para investir nas seleções de base e adulta.
Procurada, a CBB preferiu não comentar o assunto, dizendo apenas que o caso está sendo tratado pelo seu departamento jurídico.
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