Topo

Com 'cisco no olho', Magnano põe conquista brasileira entre as maiores da carreira

Treinador argentino lembrou das dificuldades enfrentadas pela seleção até a conquista - EFE/LEO LA VALLE
Treinador argentino lembrou das dificuldades enfrentadas pela seleção até a conquista Imagem: EFE/LEO LA VALLE

Daniel Neves

Em Mar del Plata (Argentina)

10/09/2011 22h43

Ele é campeão olímpico, vice campeão mundial e um dos técnicos mais conceituados do basquete mundial, mas não conseguiu segurar as lágrimas após a conquista brasileira neste sábado. Muito emocionado, o argentino Rubén Magnano lembrou das dificuldades enfrentadas pelo time nacional durante o último ano e afirmou que colocar o Brasil novamente nas Olimpíadas após 16 anos foi uma das maiores conquistas de sua carreira.

“Não chorei, foi um cisco que entrou no meu olho”, brincou o treinador. “Tenho muito orgulho.  [Essa conquista] Pode ser comparada às maiores conquistas por todas as adversidades que vivemos. Esta equipe não tinha muito crédito. Eles construíram isso graças a seu trabalho, ao seu esforço diário. São coisas que não tem preço”.

Magnano assumiu a seleção brasileira no início do ano passado. Sob o comando do treinador, o Brasil teve bons momentos no Mundial de 2010, mas acabou eliminado pela Argentina nas oitavas de final. Com a vaga olímpica garantida, o treinador já sonha mais alto e projeta um grande resultado do país nos Jogos de Londres-2012.

“Escrevi na lousa, antes de entrar na quadra, a frase ‘as portas da glória estão abertas para as pessoas que acreditam em si mesmas’. Isso te coloca perto do objetivo”, afirmou Magnano. “Vamos esperar segunda-feira para começar a planejar o futuro. Vamos desfrutar um pouquinho disso”.

Magnano ficará na Argentina após o Pré-Olímpico para um merecido período de férias. No fim do mês, porém, o treinador deve voltar ao Brasil para dar início ao planejamento para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. "Eu não me ponho limites, construo um pouco mais a cada dia. Por sorte conseguimos este objetivo que era muito difícil. Agora vamos para frente".