Emissões de CO2 caem 3% na China e interrompem altas seguidas

As emissões de dióxido de carbono da China caíram em março pela primeira vez após a reabertura da sua economia após a pandemia, revelou uma análise independente, indicando que o país pode ter atingido o seu pico em 2023.

Em um artigo publicado no site especializado Carbon Brief, o pesquisador Lauri Myllyvirta aponta que as emissões de CO2 em março diminuíram 3% em termos homólogos, segundo a análise de dados oficiais.

A diminuição deve-se à expansão da capacidade instalada de energia renovável, que cobriu quase todo o aumento da demanda de eletricidade, e a uma redução significativa da atividade de construção.

Se a capacidade renovável continuar crescendo ao ritmo recorde atual, as emissões da China teriam atingido o pico em 2023, afirma Lauri Myllyvirta, do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo.

As emissões trimestrais permanecem acima do nível de 2023, mas o analista atribui isso à letargia econômica no início do ano anterior logo após o levantamento das restrições impostas pela covid.

Março é "o primeiro mês que dá uma indicação clara das tendências de emissões" depois da covid, afirma no artigo publicado nesta terça-feira (28).

A sua análise indica que as energias renováveis cobriram quase 90% do aumento da procura de eletricidade registrada nesse mês.

O texto ressalta ainda que a capacidade instalada de energia solar e eólica no trimestre cresceu 40%, o que significa que 15% da geração de energia na China é graças a essas fontes renováveis.

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