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Google e Fiat-Chrysler se unem para fazer minivan andar sozinha

Em Detroit (EUA) e Frankfurt (Alemanha)

04/05/2016 17h20

Google e Fiat-Chrysler fecharam acordo de parceria para desenvolver uma frota de 100 minivans que não precisam de motorista. Trata-se do primeiro acordo entre a gigante de tecnologia com uma montadora envolvendo veículos autônomos.

O modelo escolhido é a Chrysler Pacifica, recém-lançada no Salão de Detroit deste ano. O trabalho será feito em uma instalação em Michigan, onde a montadora possui um grande centro de engenharia.

A Pacifica integrará o sistema de direção autônoma já desenvolvido pelo Google, incluindo sensores e software. A intenção é deixar todas as unidades, sempre na configuração híbrida, prontas para rodar ainda este ano.
 
Atualmente o Google dispõe de 70 protótipos autônomos, entre minicarros desenhados pela própria empresa e unidades avulsas da Lexus (marca de luxo da Toyota). A chegada das 100 Pacifica híbridas fará a frota mais do que dobrar.

Autônomo do Google faz primeira "barbeiragem"; assista

UOL Carros

Sem ajuda não dá

Com a notícia, o Google tenta sair à frente da Apple na guerra pelo incipiente mercado de automóveis capazes de andar sozinhos. Já a FCA foge da tática adotada por rivais como Mercedes-Benz, BMW e Volkswagen, apelando a uma empresa fora do setor automotivo para desenvolver seus autônomos.
 
Isso ocorre porque o grupo não tem recursos para trabalhar sozinho. Sua dívida líquida acumulada já atingiu 6,6 bilhões de euros (R$ 27 bilhões). Não à toa o presidente-executivo, Sergio Marchionne, vem tentando há mais de um ano persuadir rivais, incluindo a GM, a considerar uma fusão.

O acordo não exclui Fiat-Chrysler ou Google de firmarem acordos de cooperação com outras partes. Além disso, a empresa de tecnologia não está compartilhando com a fabricante de automóveis soluções voltadas a outros veículos.

Nos últimos anos o Google vem experimentando a condução autônoma em quatro cidades dos Estados Unidos. Os testes, inclusive, já geraram alguns acidentes. Apesar disso, chefões da companhia garantem que a intenção não é se tornar uma fabricante de carros.