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Toyota e mais 3 montadoras japonesas fazem recall de 3,4 mi carros

Yoko Kubota

Em Tóquio (Japão)

11/04/2013 09h44

Quatro fabricantes japonesas de veículos, incluindo Nissa, Honda e Toyota, estão fazendo um recall de cerca de 3,4 milhões de veículos em todo o mundo, devido a airbags fornecidos pela Takata Corp que têm risco de pegar fogo e ferir passageiros, informaram as empresas.

O recall envolve best-sellers japoneses como os modelos Toyota Camry e Corolla, Nissan Maxima e Honda Civic. é o maior já realizado envolvendo airbags produzidos pela Takata, a segunda maior fornecedora mundial do componente e também de cintos de segurança. Todos os veículos envolvidos foram produzidos a partir de 2000.

Este também é o maior recall desde que a Toyota recolheu mais de 7 milhões de veículos no mundo (38 mil no Brasil), em outubro passado. 

A Toyota convoca veículos produzidos entre novembro de 2000 e março de 2004, incluindo 580 mil unidades vendidas na América do Norte e 490 mil na Europa. Ainda não há informação sobre unidades afetadas no Brasil, mas a marca importa do Japão o sedã grande Camry.

A Honda afirmou que seu recall envolve cerca de 1,14 milhão de veículos no mundo, mas o Civic vendido no Brasil é fabricado aqui. A Nissan está recolhendo 480 mil veículos globalmente, mas já afirmou que o número de carros envolvidos pode crescer. Já a Mazda está convocando 45.500 veículos também no mundo.

Algumas montadoras fora do Japão também receberam airbags com o problema, disse o porta-voz da Takata, Toyohiro Hishikawa. Ele não identificou os nomes das empresas. A Takata fornece airbags e cintos de segurança também para marcas como Daimler (Mercedes-Benz) e Ford.

PRINCÍPIO DE INCÊNDIO
Em um acidente, o airbag do banco do passageiro da frente pode não inflar corretamente, devido a um problema com o propelente usado no dispositivo, disseram as empresas. Como resultado, há risco de princípio de incêndio ou ferimentos aos passageiros. Ainda assim, Toyota, Honda e Nissan disseram que não receberam relatos de ferimentos ou mortes causadas pelos airbags defeituosos.

A escala das recentes ações de segurança ressaltam o risco de problemas na enorme cadeia de fornecimento global das montadoras, conforme os fabricantes de veículos dependem cada vez mais de um punhado de fornecedores de peças comuns ou semelhantes para cortar custos, afirmam analistas. 

PRODUÇÃO MEXICANA
Os airbags defeituosos foram produzidos entre 2000 e 2002 em uma fábrica da Takata no México. "Os infladores (dos airbags) em si não são tão caros, mas há o custo para cobrir as horas gastas para resolver o problema", disse o analista de automóveis do JP Morgan, Kohei Takahashi.