VW Amarok V6: à espera de nova rival, ainda tem fôlego para o batente?

Ao longo dos seus 13 anos no mercado, a Volkswagen Amarok foi agregando equipamentos aqui e ali, mas nunca ganhou uma nova geração - e nem está no radar para 2024. Entretanto, o modelo ganhou o seu maior presente em 2018, que foi a chegada da motorização V6. Foi com essa configuração que pudemos explorar suas capacidades em Baradero, interior da Argentina.

A convite da marca, conhecemos o 'Amarok Experto', programa argentino que consiste em levar motoristas para participar de uma série de experiências a bordo da picape, tanto dentro, quanto fora do pavimento. Por lá, engrenou em uma crescente nas vendas e perde apenas para a Hilux. A marca atribui parte do sucesso justamente à essa campanha de testes extremos, que é feita periodicamente já faz alguns anos.

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Já no Brasil, na tentativa de roubar as vendas que migrarão para a nova Ranger - modelo que chegará completamente renovado no segundo semestre para eliminar o único grande diferencial da picape da VW (que é o motor V6 TDI) - a marca alemã tinha realizado até o último dia 31 uma campanha que dava até R$ 56 mil de desconto. Com o fim da promoção, os preços das versões com o motor V6 voltam a partir de R$ 296.860.

Como se sai no batente

Entre os testes realizados, estavam os de terreno alagado (onde mergulhamos a picape em água enlameada que passava da altura dos pneus), subidas e descidas íngremes (onde testamos a força e a segurança dos controles de tração para rampas), além do solo bastante acidentado, tanto com buracos fundos, quanto com raízes de árvores, por exemplo.

Entre os grandes diferenciais da picape em todas as situações, estão a maciez da suspensão e, claro, a força de sobra, que não obriga o condutor a utilizar nem meio pedal de acelerador para escalar inclinações comparáveis às de uma parede.

Espessura do chassi é maior do que a média, algo muito determinante para a sua robustez - que também foi testada e aprovada nos testes. Aliado a isso, está a sua capacidade de carga de 1200 kg, figurando-se entre as mais aptas ao trabalho.

O mercado também a conhece como o "SUV das picapes de chassi" e isso não é por acaso. Por outro lado, o que continua sendo seu "calcanhar de Aquiles" e vai contra esse apelido carinhoso é o seu espaço traseiro. Dentro do segmento, não é dos maiores.

Outro ponto que também merecia ficar mais moderno é o da conectividade. No mínimo, a picape poderia se integrar à nova padronização da marca e incorporar o cluster e a multimídia das versões Highline de sua gama.

Na versão mais equipada, a picape vem com 4 airbags, controles de estabilidade e de tração, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, bancos dianteiros com regulagens elétricas, estribos laterais, câmera de ré e piloto automático (sem função adaptativa) com limitador de velocidade,

Também vem com faróis bi-xenon com luzes diurnas em LED, controle de velocidade em descidas, protetores de cárter e de transmissão, retrovisores com regulagens elétricas e aquecimento, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chuva, rodas aro 20, entre outros itens.

O motor 3.0 turbodiesel entrega 258 cv e 59,1 kgfm por meio de um câmbio automático de 8 marchas e tração integral - que "tateia" o solo de tal forma que a entrega de tração é sempre a mais eficiente possível. Isso é um diferencial tanto para vencer o off-road, quanto para a segurança no dia a dia.

Função "Overboost" eleva a potência para 272 cv por 10 segundos, desde que a picape esteja entre 50 km/h e 120 km/h. Após o uso, a função volta a ser disponibilizada após cinco segundos.

A VW declara aceleração de 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, ou seja, apenas 0,6 segundo a mais do que o finado Golf GTI. A velocidade máxima da Amarok é de 210 km/h. Bom lembrar que o hot hatch tinha uma relação peso/potência de 5,7 kg/cv, enquanto a Amarok possui uma relação de 11,31 kg/cv. Nada mal para um utilitário.

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