Topo

Quantos carros, motos e jet skis dá para abastecer com gastos de Bolsonaro

ADRIANO MACHADO/REUTERS
Imagem: ADRIANO MACHADO/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

18/01/2023 04h00

Motociatas, carros, passeios de jet ski e mais. O período de governo de Jair Bolsonaro (PL) foi marcado também pelos motores. E como nenhum deles era elétrico, foram necessários alguns litros para que funcionassem. Ou melhor: mais de uma centena de milhares de litros.

De 2019 até 2022, o mandatário gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo, sendo R$ 714 mil apenas em combustíveis. Os números vieram a público após pedido de informação formulado pela Fiquem Sabendo, que é uma organização especializada na Lei de Acesso à Informação.

Outro ponto que também chama muita atenção foram três transações que coincidiram com seu período de férias, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 (justamente quando ocorreram as motociatas e os "rolês" de jet ski ). Somadas, totalizaram R$ 151 mil em combustíveis.

Dá para encher o tanque de quantos carros, motos e jet skis?

Fizemos algumas análises dos valores gastos e de quantos litros de combustível esses R$ 714 mil representam.

Se considerarmos que a maioria dos veículos incluídos nos abastecimentos utiliza gasolina - bem como que as médias anuais dos preços, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre 2019 e 2022, foram de R$ 4,27, R$ 6,99, R$ 5,68 e R$ 4,96, por litro, respectivamente - chegamos ao resultado de 130.411 litros de gasolina.

  • Como uma Harley-Davidson média (favorita dos participantes das motociatas) tem capacidade para 15 litros, seria possível completar o tanque de 8.694 motos.
  • Já um Ford Fusion, carro utilizado por vários integrantes do poder executivo e da comitiva de Bolsonaro, com seus 62 litros, seria possível encher o tanque 2.103 vezes.
  • Para jet skis (muitos com capacidade similar ao do Fusion), o número também fica na ordem dos 2.100 veículos.
  • Se, ao invés de combustível, Bolsonaro tivesse utilizado esse dinheiro para comprar carros, teria 10 Renault Kwid (carro mais em conta do Brasil, que custa R$ 66.590) e ainda sobraria R$ 48 mil. Outra opção seria adquirir uma unidade do sedã elétrico EQE, da Mercedes-Benz.

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.