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Uber paulista ganha R$ 2 mil por dia na Austrália e põe gringos para dançar

Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Carolina Barros Lopes

Do UOL em São Paulo (SP)

12/12/2022 12h00

Daniel Ferreira Barbosa, de 31 anos, tem feito sucesso nas redes sociais e acumula mais de 3 milhões de visualizações no TikTok e Instagram compartilhando conteúdos de como é ser Uber na Austrália. O brasileiro vive no exterior há seis anos, mas só iniciou sua trajetória na plataforma em 2021 porque precisava tirar a habilitação necessária para dirigir no país.

O motorista tem o carro decorado com bandeiras do Brasil, além de um karaokê e uma balada dentro do veículo. Em sua publicação de maior sucesso ele mostra duas mulheres animadas cantando músicas do Brasil, surpresas com a viagem nada convencional da Uber.

Além de gerar conteúdo para suas redes, Daniel conta que costuma ganhar US$ 600 (cerca de R$ 2.150) por 12 horas diárias de trabalho.

Mas nem tudo é alegria no seu dia a dia de Uber. O brasileiro conta que já passou por situações complexas envolvendo passageiros e afirma que começou gravar as corridas pela própria segurança.

"Dirigi para um casal de idosos e o senhor estava sendo muito rude. Ele implicou com o pagode que estava ouvindo no carro. A esposa dele estava desconfortável com o que estava acontecendo, mesmo assim ele não parou. No fim da corrida mandou eu sair da Austrália e disse que deveria voltar para o meu país de origem", afirma Daniel.

O influenciador, que é formado em administração pelo Mackenzie, fala que não seria Uber no seu país e afirma que as dificuldades que enfrenta na Austrália não se comparam com a realidade dos brasileiros. Ele conta que só volta ao Brasil para passar as férias e que prefere morar na Austrália.

"Acompanho o noticiário e sempre vejo casos de assalto e sequestro envolvendo Uber. Tenho medo de realizar a função no Brasil por causa da segurança. Aqui é totalmente diferente em relação a roubos, mas escuto muitas falas racistas e xenofóbicas. O povo aqui é muito preconceituoso", completa.

Hoje, Daniel trabalha como social media e Uber aos fins de semana, mas desde sua chegada na Austrália já realizou várias funções como garçom, auxiliar em eventos e bancário. A profissão que mais se identificou, porém, foi a de motorista.

"Não gosto muito da rotina tradicional de trabalho, prefiro a flexibilidade. Aqui na Austrália as pessoas não têm tanto preconceito em relação a profissão. O importante é ganhar dinheiro, independente de estar em um escritório ou trabalhar como pedreiro, por exemplo", completa Daniel.

Entre as situações mais curiosas que viveu, ele conta que foi perseguido pela polícia durante um dia inteiro. "Fui parado três vezes durante meu horário de trabalho. Alugo um carro para ser Uber porque para mim não compensa ter meu próprio automóvel. O dono estava com problemas na documentação e toda vez que passava por policiais puxavam a minha placa e percebiam as irregularidades", conta o brasileiro.

Daniel já até ensinou uma passageira a coreografia da dança da mãozinha e os internautas foram a loucura. Os comentários eram relacionados ao fato do motorista parar e descer do carro para interagir com a mulher.

"As pessoas ficaram assustadas por eu encostar o veículo. Disseram que se fosse em uma corrida no Brasil, o passageiro teria pulado do carro com medo de ser assaltado", completa.

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