SUVs de luxo da chinesa Great Wall chegam à Europa já de olho no Brasil
A edição deste ano do IAA, o Salão Internacional do Automóvel que acontece na Alemanha, também foi palco para a estreia de uma marca chinesa no mercado europeu.
Divisão de SUVs de luxo da GreatWall, a marca Wey traz apenas utilitários esportivos com motorização híbrida plug-in e chega com a ambição de brigar no segmento premium, mirando montadoras como BMW e Mercedes-Benz. Embora o foco nesta fase de lançamento seja o Velho Continente, UOL Carros apurou que os SUVs da Wey também podem chegar ao Brasil.
Estreante na Europa, a Wey não é propriamente uma novata. A marca foi fundada em 2016, na China, onde opera desde então e já vendeu mais de 400 mil carros no segmento de luxo.
Trata-se de uma das marcas do grupo GWM (Great Wall Motors), que é líder de vendas em SUVs e picapes no mercado chinês há 11 anos. O nome Wey é uma homenagem ao presidente da GWM, Jack Wey. A vinda da Wey para a Europa faz parte de um plano de expansão global da Great Wall, que inclui a recente compra da fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). O grupo começou com a aquisição e expansão de uma fábrica na Rússia, em 2015. Em 2020, a GWM também adquiriu fábricas da GM na Índia e na Tailândia.
Os chineses compraram a planta no interior paulista, onde a Mercedes produzia GLA e Classe C em uma negociação de milhões de dólares, anunciada em agosto.
Números exatos não foram revelados. A transição será concluída até dezembro, o que inclui terreno, toda a estrutura, equipamentos e licenças de operação. Segundo a GWM, a unidade será uma de suas bases globais de operação, fornecendo também para outros países da América do Sul. O grupo promete atingir uma capacidade de 100 mil carros por ano, mas começará com modelos importados, seguido de uma transição gradual para a produção local de alguns produtos.
Representantes da Wey no Salão de Munique revelaram à nossa reportagem a crença de que os produtos da Wey têm possibilidade de serem vendidos no Brasil porque o País é hoje um dos mercados mais importantes no plano de expansão da companhia.
Great Wall avalia venda de SUVs de luxo no Brasil
Procurada por UOL Carros, a direção da GWM no Brasil informou que os produtos a serem vendidos aqui ainda estão em fase de definição, acrescentando que a empresa busca em todo o portfólio das cinco marcas do grupo, incluindo a Wey, modelos que mais se adaptem ao gosto e às necessidades dos brasileiros.
As outras marcas do conglomerado automotivo são Haval, Tank e Ora, além dos modelos vendidos sob o logotipo GWM. O Haval H6, SUV médio do porte do Caoa Chery Tiggo 8, e a picape Série P são apontados como os mais cotados para o início das vendas no Brasil.
Na Europa, a Wey planeja abrir um sistema de pré-venda já no final deste ano. As primeiras entregas estão prometidas para o primeiro semestre do ano que vem, começando pela Alemanha. A marca também anunciou em Munique que tem planos de abrir uma fábrica na Europa, ainda sem revelar detalhes, como o cronograma dessa operação.
O primeiro SUV da Wey a chegar ao mercado europeu será o utilitário esportivo médio Coffee 01, estrela no estande da marca no IAA.
O modelo utiliza um motor a combustão 2.0 litros de 201 cv, acoplado a dois motores elétricos - um em cada eixo da tração integral. Com uma bateria de 40 kWh, a Wey promete até 150 km de autonomia rodando apenas em modo elétrico e uma potência combinada de 469 cv - tornando o Coffee 01 mais potente do que a opção híbrida plug-in do Volkswagen Touareg.
A carroceria tem 4,87 metros de comprimento por 1,96 m de largura. Na sequência vem o Coffee 02, que é alguns centímetros mais curto e estreito, bem como adota uma bateria de menor desempenho: 130 km no modo elétrico.
Por dentro, o Coffee 01 possui quatro telas internas, tela de realidade aumentada, tecnologia de reconhecimento facial e Wi-fi, com atualização remota do sistema operacional.
O estilo externo, carregado de cromados, contrasta com materiais internos sustentáveis e veganos, que a Wey afirma serem sinal de sua "consideração por questões ecológicas".
Segundo a Wey, o nome Coffee, café em inglês, foi escolhido porque a empresa acredita que o SUV fará "parte da vida global" como um "carro global" - como a popular bebida. O nome também se refere à plataforma multimídia de seus veículos, batizada de Wey's Coffee Intelligence. Resta saber se o Coffe fornecerá cafeína suficiente para manter a marca acordada no competitivo e exigente mercado de luxo na Europa.
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*Viagem a convite da Volkswagen
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