Construindo sonhos: artesão faz Mercedes G63 AMG com sucata e papelão
Dizem que, para um sonho se concretizar, tudo precisa ser muito bem planejado e partir do zero. Foi com este pensamento que o artesão vietnamita Huynh Kim Dai resolveu dar asas a sua imaginação, ou melhor, rodas. A sua arte é nada menos que um dos SUVs mais cobiçados da marca de prestígio Mercedes-Benz, o G63 AMG.
De acordo com Huynh, para que o veículo tornasse as formas angulosas e elegantes do Classe G, foram consumidos apenas um mês de trabalho e que toda a matéria-prima veio de sucata comprada de uma loja de ferro velho. Lá adquiriu papelão, pneus velhos, pedaços de plásticos, motor, além é claro de vigas de alumínio para montar o chassi e a estrutura do veículo.
No caso do motor movido à gasolina que rende 70 cv, Huynh conta que aproveitou o de uma moto velha, assim como a bateria, mas que como comprou já desmontado, não soube identificar de qual modelo de moto foi retirado.
Tudo começou com a serragem das vigas e solda para unir todos os pedaços que compõem a estrutura do chassi, bem como os suportes da direção e do motor. Depois dessa etapa, Huynh precisou montar a parte lateral devidamente soldada e reforçada para receber as portas, ou melhor a estrutura interna delas.
No caso das chapas da carroceria que dão o acabamento, foram utilizadas lâminas de papelão cortadas cuidadosamente com estilete e coladas com silicone e cola quente, de modo que não ficasse nenhuma rebarba ou corte aparecendo. Nem detalhes como maçaneta e espelhos retrovisores foram esquecidos e ganharam a forma original com a paciência e o talento do jovem artista.
A cereja do bolo, ou neste caso específico, a estrela de três pontas, também foi confeccionada em papelão a exemplo da grade superior, do radiador e se mostra orgulhosamente estampada ao centro do conjunto frontal.
As rodas vieram de duas motos do segmento de utilitárias e os pneus, no total, oito, foram unidos por pedaços de lona para poder abrigar os aros de papelão recortados e colados ao cubo das mesmas. Detalhes do disco perfurado e do logotipo Mercedes-Benz ao centro, encerram com chave de ouro no cuidado extremo ao acabamento.
Nem mesmo pormenores como a grade inferior do para-choque dianteiro foram deixados de lado. A partir de um pedaço de plástico entrelaçado, semelhante ao de cestos de lixo não demoraram muito para dar a forma, finalizada com tinta spray em preto brilhante.
Nas lentes dos faróis, o artesão utilizou o fundo recortado de potes transparentes, semelhantes ao destes biscoitos caseiros. Na parte traseira, as lentes das lanternas traseiras retangulares e proeminentes foram meticulosamente confeccionadas em Polietileno Tereftalato, um polímero termoplástico, muito usado em garrafas PET. O mesmo material foi aproveitado para compor o para-brisa e as janelas.
O resultado não poderia ser outro! Um veículo pra lá de curioso que atrai olhares por onde passa e tudo feito com materiais recicláveis. Questionado sobre o maior desafio durante a fase de construção do SUV de papelão, Huynh foi enfático. "Sem dúvida, a maior dificuldade foi de adaptar o motor da moto velha à estrutura metálica na parte traseira do veículo com o pedal do acelerador à frente, além é claro do acabamento do papelão à estrutura de alumínio", diz o artesão.
Com tudo isso, Huynh Kim Dai conta que gastou cerca de US$ 200, ou R$ 1.034, somando toda a sucata comprada do ferro velho de um Mercedes que mede 3,64 m de comprimento e 1,40 de altura, medidas semelhantes aos de um Suzuki Jimny, por exemplo.
Além desse modelo, ele produz qualquer modelo mediante encomenda. Afinal, quem disse que um sonho não se constrói do zero?
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