Audi E-tron é SUV elétrico de R$ 360 mil que dispensa espelho retrovisor
Modelo chega às lojas no começo de 2019 e mira até mesmo o Brasil
Há uma batalha aberta e declarada entre as fabricantes premium alemãs no mais inusitado dos segmentos, o de veículos elétricos com carroceria SUV/Crossover. Há duas semanas, a Mercedes-Benz apresentou ao mundo seu EQC, de visual conservador, mas prometendo 450 quilômetros de autonomia, força bruta (407 cavalos, quase 80 kgfm de torque) e bom espaço interno, apesar do visual conservador. Abrindo esta semana, a BMW revelou o conceito Vision iNext para um SUV que só chega em 2021. Agora, é a vez da Audi revelar a versão real do E-Tron, que já chega às lojas do hemisfério norte no começo de 2019.
Pasme, porém, há promessas de que este modelo -- que é mais ousado e futurista que o rival da Mercedes-Benz -- chegue rapidamente até mesmo ao Brasil, ainda que para "avaliação de possibilidades" em nosso mercado.
Esse trio não está sendo revelado com tanta velocidade por nada: o segmento de SUVs é o mais quente de toda a indústria automotiva global, fato. E há uma pressão enorme por parte de governos e entidades ambientalistas para que as fabricantes reduzam consumos e emissões de forma extrema nos próximos anos, algo que só pode ser alcançado com formas virtualmente "livres de poluição local" (é assim mesmo que a Audi está se referindo a seu E-tron), caso dos modelos com baterias. mas há outro motivo.
Nesta corrida para unir a necessidade do mercado com a obrigatoriedade governamental, os alemãs estão (curiosamente) atrasados e querem recuperar espaço para a norte-americana Tesla (pioneira com seu Model X, apesar da deficiência de entrega) e Jaguar I-Pace. A pressa é tanta que, mesmo lançando seu E-tron globalmente na Califórnia (EUA), a Audi já definiu preço para o seu E-tron na Alemanha: de 75.800 a 87.700 euros -- algo entre R$ 360 mil e R$ 425.500 diretos.
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Cheio de novidades, sem retrovisor
Vamos direto ao ponto: em termos de motorização, o E-tron usa dois motores elétricos de alta capacidade, um por eixo, para ter tração integral e gerar força o suficiente para ter até mesmo performance esportiva. Mas o modelo real ficou um pouco mais comedido em sua elasticidade frente ao conceito: são 400 cv (ante 435 do conceito), mas com o mesmo torque 57,20 kgfm. Há ainda o modo "boost", para até 60 segundos de arranque extra, chegando aos 402 cv (ante 503 do conceito) e 67,70 kgfm.
Com isso, promete a Audi, é possível cumprir o 0-100 km/h em pouco menos de 6 segundos. O protótipo tinha uma limitação de velocidade máxima de 200 km/h, mas isso não foi informado com relação ao modelo real. A autonomia é de cerca de 400 quilômetros com baterias cheias (novo ciclo WLTP).
Ainda segundo a Audi, o E-tron é o primeiro modelo a ser fabricado em larga escala totalmente compatível com carregadores super-rápidos, para que as baterias seja am recarregadas em até 30 minutos em pontos de 150 kW de potência. A fabricante diz estar fazendo parcerias com fornecedores para colocar este tipo de estação em quase 2 mil pontos na Europa e em mais 500 pontos nos EUA até o meio do ano que vem. Claro, também é possível carregá-lo em casa (110 V ou 220 V) mas apenas com a adaptação de carregadores de parede, não diretamente na tomada.
Também é o primeiro modelo europeu sem espelhos retrovisores externos. Assim como no protótipo, o modelo real usa câmeras de alta definição para a função. Só não é pioneiro, porque a Lexus apresentou há alguns dias o ES com a mesma funcionalidade. Resta saber se isso será aceito em países como EUA, China e, por que não, Brasil...
Sistemas de aceleração, frenagem e até esterçamento do volante de modo semi-autônomo também estão previstos para o modelo.
Com 2,92 metros de espaço entre-eixos, o e-tron terá tamanho o bastante para ficar entre Audi Q5 (2,81 m) e Q7 (2,99 m), levando cinco passageiros.
Promessa para o Brasil
Como UOL Carros já informou, executivos da Audi do Brasil querem o modelo rodando o mais rápido possível no país, ainda que o país careça de infraestrutura e pontos de recarga públicos para elétricos.
Não se sabe se haverá tempo hábil para uma aparição no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, mas a aparição pode ocorrer logo no começo de 2019.
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