BMW X2 europeu é menos para-choque pistola e mais assistência ao motorista
Indisponível no Brasil, condução autônoma oferecida pelo crossover em Portugal é mais barata que o pacote de acabamento esportivo M
Uma das principais críticas ao novo BMW X2 que acaba de chegar ao Brasil é que o modelo, para seu preço e categoria, carece de equipamentos. Conforme já avaliamos, o crossover perdeu sistemas interessantes, todos disponíveis nas versões vendidas na Europa.
UOL Carros testou, com exclusividade, uma das versões do mercado português para identificar essas diferenças. No geral, o X2 europeu realmente apresenta mais tecnologia, em especial os sistemas de condução ativa.
A frenagem de emergência, que para o carro sozinho ao identificar obstáculos e pedestres, por exemplo, é de série em todas as configurações. As intermediárias já contam com piloto automático adaptativo e um pacote opcional acrescenta o necessário para direção semi-autônoma.
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Como anda
A União Europeia pós-dieselgate caminha para banir o diesel e a oferta deste tipo de motorização tem diminuído em muitas marcas. No entanto, X2 europeu a gasolina, só o 1.8 de 140 cv, que é a versão mais barata da gama. O Brasil usa um 2.0 de 192 cv.
Testamos, então, um topo de linha 2.0 a diesel, que entrega 190 cv, para equilibrar o desempenho. A exemplo do que acontece com o dois litros gasolina vendido no Brasil, não se trata de um foguete esportivo, mas o carro tem boa desenvoltura.
Há pouca vibração e ruído, como nos diesel mais modernos, com a vantagem de rendimento e consumo próprias do combustível -- sem considerar a discussão sobre as emissões de CO2.
Vale dizer que em Portugal o motor diesel é acoplado a um câmbio automático de oito velocidades. O de dupla embreagem e sete marchas, como no Brasil, fica para os modelos a gasolina.
Com a mesma carroceria, o X2 repete a boa estabilidade e as limitações de espaço. Também há a possibilidade de configurar ajuste esportivo, conforto ou econômico para suspensão, direção, câmbio e motor.
Mas quanto custa?
O X2 português diesel parte de 54.840 euros, equivalente a R$ 239.650. O brasileiro movido a gasolina parte de R$ 211.950. O europeu é mais equipado, mas não tem o kit M, presente na versão topo de linha vendida no Brasil.
E o "X da questão" (perdão pelo trocadilho) está aqui: a linha europeia tem mais opções e flexibilidade, priorizando segurança. Além da frenagem de emergência, essencial para evitar acidentes, de série, o pacote com direção autônoma (3.940 euros) custa quase a metade do acabamento esportivo (6.620 euros). O preço total vai a 58.780 euros (R$ 256.868) e 61.851 (R$ 270.288), respectivamente.
Mas também é possível comprar X2 pelo equivalente a R$ 180 mil por aqui. É o caso da versão de entrada, que nem de longe é pelada, com motor 1.8 gasolina, tração dianteira e câmbio para quem gosta de guiar (manual de seis marchas) por 41 mil euros. Tudo é uma questão de demanda, o que o mercado brasileiro não tem.
Custo Brasil
A polêmica sobre a diferença do preço no Brasil e no exterior é antiga. No entanto, a disparada do câmbio nos últimos anos reduziu o intervalo ou, em alguns casos, até inverteu a balança. Hoje, por exemplo, um Volkswagen Up! parte de 12.132 euros (R$ 53 mil), e um Golf, de 28.678 euros (R$ 125,3 mil).
Não se pode considerar apenas a conversão da moeda. Cada local tem um custo de vida e um poder aquisitivo. No entanto, muitas regiões da Europa têm a vantagem de apresentar menor disparidade em rendimentos e escalonamentos de preço.
Em Portugal, o salário mínimo é 580 euros (R$ 2.534,60). Um garçom ganha na faixa de 800 euros (R$ 3.496) e um professor universitário em início de carreira, 1.500 euros (R$ 6.555). Loucuras imobiliárias em Lisboa à parte, o custo de vida é dos mais baixos da Europa.
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