Topo

Fiat estreia motor turboflex no Brasil com SUV derivado do Argo em 2020

Fiat Argo HGT: crossover derivado do hatch deve ser o responsável por iniciar o uso dos motores Firefly turbo no Brasil - Murilo Góes/UOL
Fiat Argo HGT: crossover derivado do hatch deve ser o responsável por iniciar o uso dos motores Firefly turbo no Brasil
Imagem: Murilo Góes/UOL

Fernando Calmon, Leonardo Felix

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/06/2018 04h00

Propulsor 1.3 de 150 cv será opção mais eficiente ao velho 1.8 Etorq; fabricante também planeja derivação 1.0 turbinada

Se a FCA usou o mercado brasileiro para promover a estreia mundial da família de motores Firefly, com as opções 1.0 3-cilindros e 1.3 4-cilindros naturalmente aspiradas de Fiat Argo, Cronos, Mobi e Uno, será o Jeep Renegade europeu o responsável por debutar as derivações 1.0 e 1.3 turbo. O nosso SUV, por enquanto, seguirá usando o velho motor 1.8 Etorq.

Quando, então, chegará a vez de turbinar a gama brasileira? Tudo indica que será em 2020, e que o primeiro modelo a adotar a solução será o inédito crossover do Argo, a ser comercializado no Brasil com insígnia Fiat.

Veja mais

+ Quer negociar hatches, sedãs e SUVs? Use a Tabela Fipe
+ Inscreva-se no canal de UOL Carros no Youtube
+ Instagram oficial de UOL Carros
+ Siga UOL Carros no Twitter

Durante o megaevento de anúncio dos planos globais do grupo para os próximos anos, realizado há algumas semanas na Itália, executivos da companhia deixaram escapar que há, de fato, planos para adoção de tecnologia nos veículos nacionais da empresa, mas não deram detalhes.

UOL Carros entende que uma configuração 1.3 turboflex de cerca de 150 cv, potência similar àquela oferecida na Europa, já está praticamente confirmada para nosso mercado, e que o "mini-SUV" da Fiat foi o modelo escolhido para estreá-la.

Missão do 1.3 Firefly turbo será gradualmente assumir o lugar do 1.8 Etorq em todos os produtos feitos pela FCA na América do Sul, incluindo Fiat Argo, Cronos, Strada e Toro, além do próprio Jeep Renegade. Porém, tal qual ocorre com o velho 1.0 Fire em relação ao 1.0 Firefly aspirado, a extinção do Etorq não ocorrerá de maneira tão célere, mesmo com a chegada de seu substituto.

E o 1.0 turbo?

Resta conferir se a fabricante lançará tão breve ou se deixará para depois o 1.0 Firefly turbinado de aproximadamente 120 cv, já que este promoverá concorrência interna muito forte com o 1.3 naturalmente aspirado de 109 cv. O site "Autos Segredos" afirma que a chegada desta configuração ocorrerá junto com a do sucessor do Uno, um hatch derivado da matriz MP1 do Argo programado também para 2020.

Nova geração da picapinha Strada, outro modelo a surgir da mesma plataforma, é mais uma candidata a contar com os dois propulsores turbinados, cuja novidade, além da óbvia presença do turbo, estará na utilização de quatro válvulas por cilindro -- os Firefly aspirados possuem apenas duas válvulas -- e injeção direta de combustível.

À espera de incentivos

Todos esses planos dependem, claro, de um "empurrãozinho" que apenas a aprovação do "Rota 2030" pode dar.

Sem um programa que estabeleça novas metas de eficiência energética, a tendência é que, por questões de custo -- especialmente porque a FCA vive momento financeiro delicado --, prazos sejam alongados e soluções mais baratas acabem entrando na jogada.

Outra especificidade do mercado brasileiro, revelaram os executivos, está no fato de que o Brasil também não abandonará tão cedo os motores a diesel, na contramão do que fará a Europa. Renegade e Compass devem continuar a oferecer versões turbodiesel de pegada mais lameira em suas gamas, mesmo com a extinção desse tipo de motor na Europa.

Híbridos e elétricos? Esta, por enquanto, é uma realidade bastante distante para nós, pelo menos nos planos da Fiat-Chrysler.