Renault quer vender 4 vezes mais no Brasil com SUV, picape e carro barato
Há dois anos a Renault é a sétima força do mercado brasileiro. Vendeu pouco mais de 150 mil unidades em 2016 e segue no mesmo compasso em 2017. Mas isso não é o bastante: a marca quer vender quatro vezes mais.
Como fazer isso? Existe a dependência de melhora da economia, claro, mas também é preciso ter oferta. E a empresa vai seguir apostando em SUVs e carros baratos, pensados localmente.
Se você pensou no Kwid, acertou. É o exemplo ideal: foram pouco mais de 17 mil unidades em três meses acumulados (dois de pré-venda e um de mercado aberto). Tudo isso com preço atrativo, forte ação publicitária e financiamento diferenciado (inclusive com entrada parcelada no cartão de crédito).
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Palavra do chefe
"No Brasil, queremos vender mais de 600 mil carros por ano até 2022, chegando a 10% de participação", garantiu a UOL Carros Olivier Murguet, presidente da montadora para o Brasil, em apresentação do plano de metas 2017-2022, nesta quinta-feira (8), em SP.
Além de ser fortalecer por aqui, onde atualmente tem 7% de participação, a Renault quer também "ficar entre os líderes na Argentina e Colômbia." Para isso, vai apostar em uma linha completa projetada nos centros de design locais, que agora existem.
Ou seja: espere por modelos como Kwid, Captur, Sandero e Logan totalmente novos e alinhados ao gosto do consumidor local. A picape Alaskan chega já em 2018, com fabricação na Argentina, reforçando a linha comercial ao lado de Oroch, Kangoo e Master. Depois é a vez da renovação do Duster, conforme UOL Carros adiantou.
Deixe de lado, porém, qualquer sonho por modelos como Mégane, Twingo e até mesmo o já prometido Koleos. Nada também de elétricos, a não ser que o governo faça parcerias e reforce os incentivos (a primazia em carros verdes ficará com a parceira de aliança Nissan, como UOL Carros já mostrou).
Muito apetite
Segundo Murguet, o Brasil tem taxa de motorização de 293 carros/1.000 habitantes, sendo que França tem 600/1.000, o dobro. Ou seja, na teoria, há muito o que se vender, por parte de todos os fabricantes. "Brasil e América Latina têm apetite por carros a ser saciado, comparado com países desenvolvidos, e faltam modelos, como também falta infraestrutura de transporte. Então essa conjuntura é perfeita para crescermos", afirmou.
Mas quanto o mercado, que ainda se recupera de forte crise, pode crescer? As pessoas ainda têm interesse e poder aquisitivo para comprar mais carros?
"Enxergamos um mercado de 3,1 milhões [considerando carros de passeio, utilitários e leves] em 2022, cerca de 60% de crescimento geral. Acho conservador, mas é porque acreditamos que em cinco anos ainda não teremos voltado ao volume de dois, três anos atrás", calculou Murguet, comparando ao período pré-crise (até 2013).
Mais do que otimista, a Renault aposta em um plano realista, com crescimento contínuo e sustentável. Aposta que vendas fora da Europa serão maiores nos próximos anos. Assim, precisa olhar menos para a França e seus vizinhos e mais para América Latina, pois aqui pretende multiplicar investimentos por três, contratar 35 mil novos funcionários, ser 25% mais sustentável e, no fim, ter lucro operacional três vezes maior.
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