Volkswagen quer menos confusão e mais carros para voltar a vender bem
Marca promete retornar em grande estilo; saiba o que vem por aí...
Lá se vão três anos desde que o Gol deixou de ser o carro mais vendido do Brasil. Desde então, General Motors, Hyundai e até Renault ganharam espaço e a Volkswagen perdeu ainda mais que a liderança: escorregou em participação (bateu em parcos 7%), deixou de ter relevância em segmentos importantes e nada pôde fazer por seu antigo "best seller", agora nem entre os 10 mais.
Mas há promessa de retorno, para breve. E em grande estilo.
Mudanças importantes serão feitas já nas próximas semanas -- e pelos próximos três anos -- para renovar a linha de produtos, organizar as ofertas aos clientes e reforçar a ação dos concessionários.
"Já existe um movimento de retomada do Gol, mas vamos ampliar nossas ações com simplificação de linha, organização de opções, racionalização de motores e com a chegada de novos modelos para reposicionar nossa marca no mercado", afirmou Gustavo Schmidt, novo vice-presidente de vendas e marketing da empresa.
Em sua terceira passagem pela Volkswagen do Brasil, Schmidt traz a estratégia que funcionou para colocar a Renault no mapa, inclusive contra a própria marca alemã: ouvir o mercado e entregar não o que a marca quer, mas o que o comprador pede.
"Vamos fazer o que o cliente espera e facilitar também a vida do nosso concessionário: recolocar o Gol na base, racionalizar nossa linha e atuar em novas frentes", aponta o executivo, que comanda delegação de mais de 100 donos de lojas à sede da Volkswagen, em Wolfsburg (Alemanha).
Todos vieram conhecer as novas diretrizes, mas também observar os novos produtos.
Dar o que o mercado quer?
Tudo começa com a renovação de meia-vida do up!, já nas próximas semanas. Com alteração visual e de equipamentos, o pequenino deve reforçar sua vocação recente de carro de estilo da marca.
Isso, automaticamente, define o Gol como modelo de entrada. Embora não explicitamente, encurta a vida do Fox, cada vez mais deslocado.
Depois, será preciso acabar com a sobreposição de motores: 1.0 flex aspirado, 1.0 flex turbo, 1.6 flex de 8V, 1.6 flex 16V, 1.4 turbo a gasolina, 1.4 turboflex, 2.0 turbo... Ter muita opção parece bom no papel, mas confunde vendedores e compradores.
Também deve ser encerrada a salada de versões de acabamento e equipamentos extras de cada uma delas. Devem sobrar poucos níveis, com pacotes bem definidos. No topo, ficariam versões como a Pepper (bem completa e com adereços esportivos) refinando os modelos básicos.
Carros novos!
Por fim, é a vez da chegada de novos modelos: eles terão estilo, equipamento e, claro, preço de carro premium. "Mas com competitividade o bastante para brigar pela liderança dos segmentos", frisa Schmidt.
UOL Carros já adiantou quais serão estes modelos, mas vale confirmar: teremos o retorno do hatchback Polo, em nova geração e usando a base MQB A0 (da mesma origem do Golf, mas em escala reduzida), no segundo semestre desse ano. Será apresentado em outubro, chegando após estreia na Europa.
Depois é a vez da segunda geração do Tiguan, importado do México em inédita configuração de sete lugares, já abrindo 2018.
Na sequência é a vez do sedã Virtus, que segue a base do Polo e terá como missão abalar a força de Cobalt, City e, veja só, até mesmo do Corolla GLi (versão mais em conta do modelo médio), todos procurados por consumidores racionais, frotistas e compradores de volume.
"Há ainda espaço, como vocês sabem, para modelos inesperados abaixo do aquecido segmento de SUVs", indica Schmidt.
Trata-se de outro modelo integrante da nova família de Polo e Virtus, que UOL Carros também havia adiantado: um crossover/utilitário esportivo pequeno para não deixar que o comprador que não precisa dos sete lugares do novo Tiguan escape para a concorrência.
Alguns desses movimentos podem até vir tarde numa análise inicial. Mas, com o mercado ainda lutando para se recuperar da crise que também derrubou outros competidores e que ainda pode durar um ou dois anos, pode significar volta ao topo no timing preciso.
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