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Quer 5 motivos para comprar ou não o Renault Captur? Assista

André Deliberato<br>Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em São Paulo (SP)

16/02/2017 12h22

Você já sabe que o Renault Captur foi finalmente lançado na última terça-feira (14) e já está nas lojas (sobretudo em São Paulo, sendo que toda a rede receberá o SUV até março) com preços entre R$ 78.900 (1.6 manual) e R$ 88.490 (2.0 automático), chegando a R$ 91.390 com opcionais.

UOL Carros lista agora cinco detalhes para te ajudar a entender o conceito por trás do novo SUV. Entender o carro é sempre fundamental para saber se vale ou não assinar o cheque. Vamos lá:

1. O preço

De fato, não parece um valor muito acertado, considerando que o líder do segmento Honda HR-V começa R$ 1.000 mais caro (vai de R$ 79.900 a R$ 101.400). UOL Carros acredita que a estratégia, porém, é posicionar este Renault de forma a não atrapalhar o "primo-irmão" Nissan Kicks.

Usando equipamentos e até com proposta semelhante (embora o Kicks tenha mais tecnologia e conforto), a Nissan pede de R$ 84.900 a R$ 91.900, preços que podem ter alguma alteração com a estreia do modelo nacional (até o fim de 2016, o Kicks era fabricado totalmente no México). Percebeu a escadinha? A ideia não revelada é que um não canibalize o outro.

Problema é combinar com rivais, já que o novo Chevrolet Tracker custa de de R$ 79.900 a R$ 89.990 (R$ 92.990 completão) e o Hyundai Creta de R$ 72.990 e R$ 99.490.

2. Proposta

Aqui temos o grande ponto: o Duster chegou para tapar um buraco e se deu muito bem. Era um projeto barato e feioso da Dacia, mas que deu res) ultados surpreendentes e foi melhorado localmente: com mecânica robusta, muito espaço interno e preço... ok... acabou até batendo o então-líder Ecosport em algumas ocasiões. 

Atualmente, porém, você vê um Duster novo apenas como táxi executivo...

Este será, então, o papel do Captur: fazer essa resistência frente aos novos líderes e aspirantes. Ele é mais bonito, atualizado visualmente (frente integral, LEDs, pintura em duas cores) e aposta em motores mais refinados, ainda que sem turbo.

Por ora, o Duster segue como uma opção mais em conta dentro segmento (de R$ 69.620 a R$ 75.320), inclusive com variante 4x4 (R$ 86.620). Se o público deixar de topar o modelo de origem romena, o Captur pode assumir de vez o posto.  

3. Conforto

Outro fato: o Captur é muito melhor que o Duster neste quesito. Não confunda: o Duster é mais espaçoso e tem mais volume de carga. Ainda assim, você se sente melhor abrigado e mais seguro a bordo do Captur. Os bancos são mais confortáveis, o painel é mais bem resolvido, a iluminação agrada mais...

Ainda assim, há botões incômodos sob a alavanca do freio e o plástico duro podia dar lugar a revestimento suave, como nos rivais, pelo menos na versão de topo. Mas a Renault é simplista assim com compactos até na França (suavidade, só dos médios para cima)...  

4. Câmbio

A Renault alega que é uma opção sem embreagem barata. A gente, porém, não entende um carro com ano/modelo 2016/2017 equipado com câmbio de quatro marchas: pode ser Toyota Etios, pode ser Captur, não convence.

Perde-se em desempenho, perde-se em economia de combustível, ainda que o custo de equipar e também o custo de reparar sejam menores.

De fato, a explicação não dada, novamente, está na preservação da escadinha Captur-Kicks (o câmbio CVT, mais interessante -- e mais caro -- está lá)

5. Visual

Não adianta negar: compramos carros pelo estilo e pelo visual, também. Resumindo, para impressionar. Esse é o mote dos SUVs urbanos, aliás: se não se vendem pela versatilidade na terra (já que são 4x2 e sem qualquer aptidão aventureira), se entregam no porte e no agrado aos olhos.

Captur é campeão nesse quesito, com a identidade de marca aplicada pelo holandês Laurent Van der Acker. Detalhes de conjunto óptico, grade bojuda, "diamante" extra-grande e recortes na lateral.

Há ainda o interessante processo "bitom", com o carro passando pela linha de pintura duas vezes: recebe vernizes, pintura e acabamento normais; é plastificado pela metade e volta para o processo para receber a segunda cor no teto. 

Mesmo mais caro, o processo "saia e blusa" (que já foi explicado pela Renault em entrevista a UOL Carros) permite nove combinações de cores e algum grau de personalização que muita gente gosta de ter. "Apesar de ser um processo caro, se paga porque esse cliente quer essa personalização", afirmou Bruno Hohmann, gerente de produtos para Brasil, na ocasião da apresentação do conceito.

Falta só saber como anda o Captur, mas isso contararemos em breve. Até!