Como descartar corretamente 5 itens em fim de vida do seu carro

Com o uso constante, acaba sendo inevitável: em algum momento da vida útil de um automóvel, será preciso trocar itens como pneus, bateria, componentes do sistema de freios e afins. Ao fazer a substituição, aqueles elementos que antes compunham o conjunto se tornam lixo, e aí começa outro problema: que destino devemos dar para que essa sucata não traga problemas ao meio ambiente?
O Brasil já possui resoluções que estabelecem, de forma detalhada, como devem ser tratadas certas partes do veículo, recicláveis ou não, que se tornam inúteis após meses ou anos de utilização. Contudo, a chamada "logística reversa" (procedimento em que produtos inservíveis voltam às mãos de seus fabricantes, que devem dar a eles o fim correto) ainda é uma prática bastante incipiente no setor automotivo, especialmente por questões de custos e pouco interesse por parte dos consumidores.
Quer ajudar a disseminar um pouco mais a ideia? Confira abaixo dicas de UOL Carros para (pelo menos tentar) destinar corretamente cinco resíduos que seu automóvel vai transformar em resto para o planeta.
Pneus
Responsável pela coleta, a Anip (associação nacional dos fabricantes de pneumáticos) encaminha os produtos usados para trituração. A borracha moída é então usada na manufatura de solados de sapatos, equipamentos de vedação, pisos para quadras esportivas, tapetes automotivos e até manta asfáltica.
Óleo lubrificante
Por se tratar de um resíduo de risco, não existem pontos de coleta públicos. O descarte deve ser feito pelo revendedor, mecânico ou posto de combustível responsável pela troca dos fluidos em seu carro. Para ter certeza de que ele dará a destinação correta, exija do profissional os certificados emitidos por coletores autorizados, caso do Sindirrefino (sindicato de rerrefino de óleos minerais).
Filtros de óleo
Demais componentes têm de ser coprocessados para geração energética. A Abrafiltros (associação nacional dos fabricantes de filtros de óleo) atua em projeto-piloto de logística reversa em cerca de 30 municípios de São Paulo, Paraná e, mais recentemente, Espírito Santo. "O programa ainda está em fase incipiente", explicou Marco Antônio Simon, gestor de logística reversa da entidade. Independentemente disso, todos os estabelecimentos são obrigados a dar encaminhar adequadamente os filtros de óleo usados. Cabe ao cliente confirmar se a oficina que vai efetuar a troca pratica a ação corretamente.
Baterias
De acordo com a resolução 401/2008 do Conama, lojistas e assistentes são obrigados a redirecionar as baterias esgotadas às fabricantes, que ficam responsáveis pelos respectivos processos de reciclagem, tratamento e despejo final ambientalmente adequado. "Sinceramente, conheço poucos estabelecimentos que seguem a lei", comentou o membro de uma consultoria de gerenciamento ambiental especializada em descartes de baterias ouvido por UOL Carros. A saída? Mais uma vez, cobrar do mecânico os comprovantes de coleta.
Discos, pastilhas e lonas de freio
Sucatas metálicas devem ser reaproveitadas em siderúrgicas; restos de lonas passam pelo processo de trituração, para ser reutilizados na composição de lonas novas. O restante, caso o sistema não possua amianto na composição, pode ser depositado em aterros. Entretanto, poucas empresas realizam esse processo, com exceção a alguns projetos-piloto realizados em estados como São Paulo. A solução é pesquisar se há programas que envolvam oficinas da sua cidade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.