Topo

Coisa de Meninos Nada

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Pneu furado: saiba como consertar e quando ele não tem mais salvação

Siga o UOL Carros no

Colunista do UOL

15/11/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O pneu fura naquela situação clássica: estrada de terra, à noite, chovendo, as crianças chorando no banco de trás. E você consegue gerenciar para tirar toda a bagagem do porta-malas, trocar o desgranhento, ajeitar tudo de novo e ir embora com o pescoço intacto. Que ótimo! Então agora é hora de ver se dá para salvar o pneu furado.

Sua próxima parada tem que ser uma borracharia. Não dá para se arriscar rodando com o estepe por aí. Lembre-se que a "lei de Murphy" não tira folga. Mas é importante saber que tem alguns furos que não podem ser remendados, e não é má vontade do borracheiro.

Uma coisa legal de falar, antes de tratarmos do dano em si, é que você percebe logo quando o pneu do seu carro fura ou rasga, pois o volante ficará mais pesado, as frenagens prejudicadas e a dirigibilidade também. Aí é bem óbvio que temos que parar para trocá-lo.

Mas às vezes não dá para fazer isso imediatamente, não é? Tem que encontrar um lugar minimamente seguro pra estacionar. Então liga o pisca alerta para sinalizar que está com problemas e vai bem devagar, tentando não ultrapassar os 20 km/h, até um lugar seguro.

Parar o mais rápido possível é importante para segurança, claro, mas também para garantir que o pneu furado tenha uma chance de salvação. Rodar com um pneu radial furado ou murcho pode condená-lo totalmente, pois existe uma chance muito grande de ele deformar.

Também é legal contar para vocês que hoje temos alternativas muito legais para quando o pneu fura. Para furos pequenos, de até uns 5 mm, por exemplo, o mercado tem sprays que vedam o buraquinho de dentro para fora e ainda dão uma calibrada, de leve, para você chegar até uma borracharia sem ter que trocar o pneu. Mas essa é uma solução temporária, só para te tirar do sufoco. A próxima parada é a borracharia, e agora veremos se seu pneu pode ser salvo ou não.

Dependendo do tipo de pneu que você tem no seu carro e do tipo de furo que rolou, é possível fazer a reparação. E isso depende, essencialmente, da velocidade limite que ele pode atingir:

- pneus de velocidade T (até 190 km/h): dá para reparar furos de até 6 milímetros na banda de rodagem e de até 3 milímetros nas laterais.
- pneus de velocidade W (até 270 km/h): dá para reparar furos de até 3 milímetros na banda de rodagem, mas rasgos e furos nas laterais não têm jeito, não dá para consertar.
- pneus de velocidade Y (até 300 km/h): não aceitam reparos.

Sabendo disso, vamos para as opções de reparo:

- Refil (ou macarrão): essa é só uma solução temporária para fechar o furo, mas muitos acabam deixando para sempre - o que não está certo. É um pedaço de elástico que se coloca no furo, pelo lado de fora, sem que o pneu precise ser desmontado.
- Plugue (ou manchão): Esse sim desmonta o pneu e aplica uma espécie de adesivo na parte de dentro, em cima do furo. Essa solução é definitiva.
- Manchão combinado: também dá para combinar as duas coisas, e tem bastante gente que opta por fazer assim.

Acho que dá para imaginar, mas prefiro pecar pelo excesso e ressaltar que se o furo no pneu for maior que 6 mm ou se o dano for um corte, tanto na banda de rodagem quanto nas laterais, não dá para fazer nada. Precisa trocar o pneu mesmo.

E se você usou o spray para vedar o furo temporariamente, é importante que avise ao borracheiro, porque ele precisa limpar tudo antes de fazer o remendo.

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.