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Greve na Volks ganha apoio de funcionários de Ford e Mercedes

Passeata ocupou faixa da Anchieta nesta segunda; Volks segue parada - Nelson Almeida/AFP
Passeata ocupou faixa da Anchieta nesta segunda; Volks segue parada Imagem: Nelson Almeida/AFP

Leonardo Felix

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

12/01/2015 15h05

Funcionários das fábricas de Ford e Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (ABC, SP) fazem paralisação de 24 horas em suas linhas de montagem nesta segunda-feira (12), em protesto contra a demissão de 800 trabalhadores da Volkswagen na semana passada.

Passeta de protesto reuniu cerca de 3.500 pessoas e ocupou, nesta segunda, uma pista da via Anchieta. Não houve incidentes.

Conforme apurou UOL Carros junto ao SMABC (sindicato dos metalúrgicos da região, ligado à CUT), a decisão foi tomada em ato realizado nesta manhã. No total, 11 mil funcionários da Mercedes e 4 mil da Ford aderiram à paralisação. No caso da primeira, que produz caminhões em São Bernardo, os operários também foram motivados pelo corte de 160 colegas. 
 
Já a Volks tem 13 mil trabalhadores de braços cruzados desde a última terça (6). Ao completar uma semana nesta terça (13), a Volks do ABC terá deixado de produzir pelo menos 8.400 (1.400 por dia, domingo não incluído). Segundo o sindicato, até o momento a fabricante não abriu negociação -- e ainda estaria estudando dispensar mais 1.300 empregados nos próximos dias. 
 
Segundo a Volks, o fim da linha de montagem da Kombi e o desempenho ruim nas vendas de 2014 tornaram cerca de 2.100 funcionários desnecessários para a produção da unidade, que fabrica Gol, Saveiro e Polo. O sindicato diz que a Volks havia garantido estabilidade a todos os trabalhadores de São Bernardo pelo menos até 2016.
 
O sindicato vai encaminhar ofícios com as reivindicações aos gabinetes da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) para tentar forçar o início de diálogo. Segundo a Agência Brasil, várias centrais sindicais planejam se reunir nesta terça (13) em São Paulo, na sede da CUT, para debater a situação.

Além da CUT, devem participar Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Nova Central Sindical de Trabalhadores e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.