Chevrolet Cobalt, global e brasileiro, parte de R$ 39.980

No meio do caminho tinha a renovação, tinha a renovação no meio do caminho, tinha a renovação, no meio do caminho tinha a renovação. Exatamente ao completar 100 anos de existência, após inventar conceitos, ditar modas, liderar mercados e, após isso tudo, assistir à quase bancarrota de sua controladora, a Chevrolet (principal marca da americana General Motors) tenta superar seu maior desafio: a obrigação de renovar sua linha, mundialmente vista como antiga.
No Brasil, onde está há 86 anos, o desafio é idêntico -- rejuvenescer um dos portfólios mais envelhecidos do mercado -- e começou a ser encarado com o lançamento do hatch Agile (lê-se Ágile, com mais força na primeira sílaba) e da picape Montana, dele derivada; passou pela chegada recente do sedã médio Cruze; e, nesta sexta-feira (4), é reforçado com a apresentação definitiva do Cobalt (a pronúncia é Côbalt, com a primeira sílaba tônica).
De acordo com a GM do Brasil, o Cobalt chega aos quase 600 revendedores da marca do país dentro de 15 dias em três versões, todas equipadas com motor 1.4 Econoflex e câmbio manual de cinco marchas, com os seguintes preços (o conteúdo de cada versão vem mais abaixo):
Cobalt LS: R$ 39.980
Cobalt LT: R$ 43.780
Cobalt LTZ: R$ 45.980
A necessidade de reinvenção a toque de caixa, dramaticamente fortalecida pela concordata da matriz em junho de 2009, fez com que a Chevrolet apressasse seus novos produtos. O Cobalt, cujo desenvolvimento demorou (segundo executivos) nada menos que cinco anos, foi a personalização desse processo: em março deste ano, o nome (retirado de um sedã aposentado no mercado norte-americano) foi revelado pelo jornalista especializado em segredos automotivos Marlos Ney Vidal. Com ele, a sigla GSV (do projeto Global Small Vehicle, ou "veículo compacto global" em inglês) ganhou contornos mais realistas para o mercado brasileiro.
A partir de então, o que se viu foi a invasão de uma frota de unidades disfarçadas, em diferentes estágios de desenvolvimento: fotos novas do Cobalt chegaram à redação de UOL Carros todos os dias; no álbum de flagrantes da estação, 20% das fotos traz o sedã como assunto.
GLOBAL
Projetado para ser vendido em 40 países e fabricado em três unidades distintas ao redor do mundo, ele é feito para o Brasil na unidade de São Caetano de Sul (SP) sobre uma nova plataforma polivalente, derivada daquela utilizada pela terceira geração do Corsa europeu (daí alguns exemplares deste modelo terem sido vistos no país).
Maior e mais avançada que a plataforma do primeiro Corsa (utilizada pelo Corsa nacional, pelo Classic, pela dupla Celta/Prisma e pelo Agile), essa base dá ao novo sedã seu grande trunfo: espaço interno para conquistar clientes com conta bancária em ascensão, cansados do espaço exíguo dos sedãs compactos, mas que ainda não têm bala na agulha para sair da loja com um autêntico sedã médio. De acordo com um executivo da GM, o espaço interno do Cobalt é mais generoso que o do Vectra, sedã médio que deu lugar ao Cruze e que por 18 anos foi o paradigma de três-volumes da Chevrolet.
Popularmente, o Cobalt já é chamado de Agile sedã, numa clara referência à generosa grande frontal seccionada e aos faróis graúdos e chamativos; na verdade, a suposta relação com o hatch dá-se mais por uma questão de identidade visual: o Cobalt é mais largo e mais baixo que o Agile, a ponto de acolher melhor os elementos (faróis e grade frontal) que parecem exagerados no hatch. A lateral, com sua linha ascendente a "espremer" as janelas, e a traseira, com lanternas verticalizadas e com detalhes cromados, dão o toque de classe inexistente ao primeiro.
Traseira do Chevrolet Cobalt é discreta; GM quer vender 3.500 unidades/
mês
Os pacotes de série divulgados pela GM para cada uma das três versões são os seguintes:
Cobalt LS: Ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de aço aro 15 com pneus 195/65 R15, painel com mostrador digital, desembaçador traseiro, chave do tipo canivete, trava elétrica das portas e porta-malas, banco do motorista com regulagem de altura e encosto traseiro rebatível 60/40.
Ele gera 97 cavalos com gasolina e 102 cv com etanol (6.200 rpm), com torque de 12,8/13,0 kgfm (também com gasolina/etanol a 3.200 rpm). O câmbio manual de cinco marchas também é conhecido, assim como o conjunto de suspensão (McPherson na dianteira, eixo de torção com barra estabilizadora na traseira).
ASSISTA AO VÍDEO-RELEASE DO CHEVROLET COBALT
Viagem a convite da General Motors
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.