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Nissan anuncia 2ª fábrica no Brasil e um modelo novo a cada seis semanas

<b>Carlos Ghosn, chefão da Nissan, anuncia o plano Power 88 no Japão</b> - AP
<b>Carlos Ghosn, chefão da Nissan, anuncia o plano Power 88 no Japão</b> Imagem: AP

Da Redação

27/06/2011 13h11

A Nissan anunciou nesta segunda-feira (27), no Japão, um plano de negócios com início imediato e duração de seis anos, para acelerar o crescimento da empresa em novos mercados e segmentos. Uma das medidas é a construção de uma segunda fábrica da marca japonesa no Brasil.

O plano foi batizado de Nissan Power 88, por prever 8% de participação no mercado global e 8% de lucro operacional no fim de 2016. Seu tripé é formado pela aposta nos mercados em crescimento; pelo incremento da marca de luxo Infiniti (presente no Brasil apenas por importação independente) até as 500 mil unidades/ano, ante as 150 mil/ano atuais; e pela produção de veículos comerciais leves -- o que inclui SUVs e picapes.

Já no ano que vem a Nissan deve atingir capacidade de produção de 1,2 milhão de carros/ano na China, seu maior mercado. Brasil, Rússia e Índia são as demais prioridades citadas pela marca.

A nova fábrica brasileira deve ter capacidade para produzir 200 mil carros por ano. Ainda não há informação sobre seu eventual endereço -- a unidade que já opera no Brasil fica na região metropolitana de Curitiba (PR) -- nem uma agenda para sua implementação. Em tese, um modelo candidato a ser feito por lá é o March, inclusive sua provável variação sedã. Isso porque se trata de um carro de volume.

Mas as opções estão abertas, já que o ambicioso plano da Nissan prevê nada menos que "um modelo totalmente novo" (para citar a marca literalmente) a cada seis semanas até 2016, levando o portfólio da empresa a 66 modelos. Não necessariamente todos esses carros serão vendidos no Brasil.

Depois do primeiro passo dado com o Leaf, a Nissan promete manter "a ênfase na mobilidade sustentável", com veículos de emissão zero (elétricos) e de tecnologia de baixas emissões (principalmente híbridos). A meta de vendas de elétricos da aliança Renault-Nissan é de acumular 1,5 milhão de unidades. O número de pontos de venda da Nissan deve, no período do plano Power 88, chegar a 7.000 em todo o planeta. Atualmente são 6.000.

Considerando automóveis de passeio e comerciais leves, a Nissan é a 13ª no ranking de marcas automotivas no Brasil, com participação de 1,39%. Esse número a coloca à frente apenas de montadoras novatas, como as chinesas JAC e Chery, e premium, como Mercedes-Benz e BMW. No mundo, seu maior mercado é a China, mas a Nissan tem boa inserção nos mercados dos Estados Unidos e é líder em vendas no México. No Japão, é a terceira colocada, atrás de Toyota e Honda. No mundo todo, é a oitava.