Enfeitada, versão Freestyle responde por metade das vendas do EcoSport

O EcoSport foi uma grande sacada da Ford no mercado brasileiro: um utilitário esportivo totalmente urbano e com custo/benefício atraente. E, dentro da própria linha EcoSport, a marca teve outra boa ideia: a versão Freestyle. Ela tem visual um pouco mais aventureiro e vem bem equipada. Deu tão certo que, de série limitada em 2005, virou configuração e hoje ultrapassa os 50% de participação nas vendas totais do modelo no país.
A receita é simples. O EcoSport Freestyle tem apliques estéticos que tentam emprestar um jeito robusto ao utilitário esportivo compacto. A versão tem faróis escurecidos, rodas de liga leve aro 15 com desenho diferenciado e pneus de uso misto Pirelli Scorpion. Além disso, conta com detalhes na cor cinza nas carcaças dos retrovisores. O mesmo tom foi aplicado nas molduras laterais e nas barras da grade frontal, novidades que surgiram no último e recente face-lift do utilitário esportivo, em fevereiro, como no interior nas saídas do ar e na manopla do câmbio. De quebra, o modelo passou a ostentar o próprio nome em letras bem separadas na ponta do capô.
A Freestyle ainda reúne um bom pacote de equipamentos. Estão lá ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico com vidros com sistema um toque, banco do motorista e volante com regulagens de altura, alarme, aviso de faróis acesos, entre outros. Nesta reestilização, a configuração ainda ganhou computador de bordo e quadro de instrumentos com novos grafismos, iluminação branca e aviso de portas abertas. Outra novidade para toda a linha foi a chave tipo canivete com sistema keyless para abertura das portas.
O motor é o conhecido 1,6 litro, bicombustível, de 105 cv com gasolina e 111 cv com etanol a 5.500 rpm e torque máximo de 15,8/16,8 kgfm a 4.250 rpm. Com isso, o Freestyle parte dos R$ 57.190, mas negligencia a segurança, já que não oferece qualquer item de segurança, mesmo como opcional. Mas parece o suficiente para o modelo enfrentar seus rivais -- todos pseudo-off-roads -- Fiat Palio Adventure e Volkswagen CrossFox. E também para o Eco, lançado no distante ano de 2003, reinar sozinho ainda por um tempo. Até porque as marcas rivais demoraram a esboçar alguma reação. A versão jipinho do Chevrolet Agile deve chegar no fim do ano, enquanto o Renault Duster, SUV derivado do Logan, só no ano que vem. Mas esta vai ser uma briga provavelmente só para a segunda geração do EcoSport, prevista também para 2011. (por Fernando Miragaya)
Impressões ao dirigir
EcoSport Freestyle é um cidadão brasileiro
O Ford EcoSport Freestyle 1.6 cumpre bem o papel de ser um jipinho alto para desfilar no asfalto. E tem um desempenho condizente com a proposta. Os 111 cv do motor, com etanol, oferecem arrancadas apenas razoáveis, mas de bom tamanho para o uso urbano e de um veículo com mais de 1,2 tonelada. O motor não chega a responder prontamente ao pedal do acelerador e o zero a 100 km/h é feito em 13,8 segundos. As retomadas deixam ainda mais a desejar. O torque só é liberado em sua plenitude acima dos 4 mil giros. Ou seja, o propulsor demora a encher e as reduzidas de marcha se fazem necessárias para o modelo pegar força antes de fazer ultrapassagens ou encarar aclives. |
O comportamento dinâmico do EcoSport, por sua vez, surpreende em alguns momentos. Apesar da altura, o modelo torce pouco nas curvas, embora a comunicação entre rodas e volante passe a ficar imprecisa em velocidades elevadas, mesmo em retas. Nas freadas bruscas, o peso da traseira é sentido e o SUV da Ford tende a mergulhar além do recomendável. |
Por dentro, a vida a bordo tem seus prós e contras. O espaço para cabeças é generoso, a posição elevada de dirigir dá uma boa noção do que ocorre fora do veículo e a ergonomia do modelo é muito bem pensada, com comandos ao alcance das mãos e ajustes de altura do volante e do banco. O espaço para pernas, porém, é restrito como em qualquer compacto e o acabamento interno continua ruim, com materiais que aparentam baixa qualidade, encaixes malfeitos e rebarbas aparentes. No consumo, o modelo avaliado anotou a média, sofrível aliás, de 6,4 km/l com álcool, sendo 2/3 do percurso feitos na cidade. (FM) |
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