Nissan anuncia queda de receitas e 12.500 demissões em todo o mundo
A montadora japonesa Nissan anunciou nesta quinta-feira a queda de suas receitas e que irá eliminar 12.500 empregos, paralelamente a uma redução de 10% em sua produção para 2022-2023.
A companhia foi afetada por seu fraco desempenho nos Estados Unidos e na Europa e pelo escândalo de má conduta financeira envolvendo seu antigo chefe, Carlos Ghosn.
"A Nissan reduzirá sua capacidade de produção global em 10% até o final do ano fiscal de 2022. Em consonância com as otimizações de produção, a empresa reduzirá a força de trabalho em aproximadamente 12.500 pessoas", disse a empresa em um comunicado.
No primeiro trimestre do ano fiscal 2019-2020 (abril-junho), o lucro líquido da Nissan caiu quase 95%, para 6,4 bilhões de ienes (52 milhões de euros na taxa de câmbio utilizada pelo grupo), enquanto seu volume de negócios diminuiu 12,7% nesse período.
"A rentabilidade foi negativamente afetada pela queda nas receitas e por fatores externos, como custos de matérias-primas, flutuações na taxa de câmbio e investimentos para cumprir com normas regulatórias", explica o comunicado.
O diretor executivo, Hiroto Saikawa, disse que 6.400 cortes de pessoal já foram realizados nos anos fiscais de 2018 e 2019 em oito locais.
Ele se recusou a identificar os seis lugares onde a empresa planeja fazer outros 6,1 mil cortes no período fiscal de 2020-2022.
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