Harley-Davidson Fat Bob tem visual agressivo e vai bem na cidade e na estrada
Depois de se firmar no Brasil sem subsidiário e apresentar oito lançamentos no Salão Duas Rodas 2011, a Harley-Davidson começa a distribuir suas novidades nas revendas da marca no País. “A Harley-Davidson está em expansão no Brasil. O ano passado foi de muito trabalho para montarmos uma estrutura comercial que atenda bem ao nosso público. A decisão de expandirmos a linha de produtos foi um passo fundamental para tornarmos esta nova fase mais competitiva e completa aos nossos clientes”, afirma Longino Morawski, diretor-superintendente da marca para o Brasil.
Seguindo a estratégia, a HD entrou em 2012 com novas motocicletas em todas as famílias da marca -- Sportster, Dyna, Softail, Touring e VRSC. Um dos destaques entre as novidades é esta Fat Bob, da família Dyna, vendida por R$ 40.700. Integrante da linha dark custom da Harley, a Fat Bob se destaca pelo farol duplo cromado e os largos pneus com rodas usinadas.
Mas não é só isso. Essa motocicleta ainda conta com ABS integral para auxiliar o piloto nas frenagens e um exclusivo escapamento Tommy Gun, que potencializa o som clássico do motor V2 da marca norte-americana, e reforça sua tradição centenária.
ESTILO ÚNICO
O grande diferencial da Fat Bob é o duplo farol cromado -- como dissemos --, que a destaca dos demais modelos da marca e ajuda o consumidor a identificá-la em meio a toda linha de motos atual da Harley-Davidson. Ainda na estética, o guidão estilo drag também contribui para o visual clássico. Inspirado nas motocicletas de arrancada, muito populares nos EUA, o guidão não é fixado diretamente na mesa e sim no canote. Como ele é reto e elevado (devido ao comprimento do canote), o piloto assume uma postura ereta, característica ideal para não cansar o corpo.
Outra característica da Fat Bob e que influi na pilotagem é seu pneu largo e de perfil alto. Com medidas de 130/90 na dianteira e 180/70 na traseira, eles ajudam o piloto a contornar as curvas com estilo, mas dificultam as mudanças rápidas de direção. Assim como as rodas de 16 polegadas, que ajudam a elevar o peso do modelo -- 320 kg em ordem de marcha --, mas fazer parte de seu estilo.
A Fat Bob 2012 ainda conta com amortecedores traseiros cromados e ajustáveis, escapamento Tommy Gun (2-1-2) e pintura premium, que no modelo testado era na cor preta fosca. Chega a impressionar o volume de perguntas sobre essa moto e o fascínio com que as pessoas olham para ela.
DINÂMICA
Quando se fala em motos da Harley-Davidson, logo vem a cabeça estradas e viagens. Mas nem todos as HD seguem essa linha. Se existem motocicletas que andam no asfalto e na terra, chamadas de dual propose, a Fat Bob dialoga também com dois mundos: cidade e estrada.
Os pneus largos e de perfil alto dificultam transitar em meio aos carros, mas acredite, a Fat Bob encarou diversos corredores na cidade de São Paulo, muitas vezes acompanhando modelos muito menores que ela. O guidão estilo drag é o grande responsável por isso. Outro detalhe é o torque: com 12 kgfm a 3.500 rpm, o piloto não precisa mudar de marcha o tempo todo, transitando na cidade em primeira e segunda marcha em 80% do tempo. O torque também é característica favorável em viagens, já que a sexta e última marcha da motocicleta quase nunca é requisitada -- embora ajude na economia de combustível. A Fat Bob registrou consumo de 19.8 km/l na estrada e 17.5 km/l no trânsito urbano.
O motor esquenta muito, fato que incomoda na cidade, mas passa despercebido em vias de maior velocidade. Bem como os comandos avançados. O piloto sentirá necessidade de tirar o pé da pedaleira para efetuar as trocas de marcha. Isso leva o condutor a fadiga em um dia todo no trânsito urbano, diferente das estradas, onde ocorrem menos trocas de marchas. Por outro lado, consegue-se frear sem tirar o pé da pedaleira.
COMPORTAMENTO
O motor utilizado é um Twin Cam 96 de 1585 cm³ e refrigeração a ar. Como já vimos, ele apresenta um comportamento bem dinâmico, que agrada na estrada e na cidade. A vibração clássica dos propulsores da marca também pode ser sentida. Depois de mais de 300 quilômetros rodados, o piloto passa a sentir um leve desconforto nas mãos, mas nada que atrapalhe. A potência não é divulgada pela marca, mas posso garantir que o desempenho não faz tanta diferença, já que o piloto não conseguirá viajar acima dos 120 km/h. A aerodinâmica não permite, pois o vento é sentido diretamente no peito.
Em relação ao conjunto de suspensões, nota-se aptidão do modelo em transitar em vias pavimentadas. Mesmo sem o curso das suspensões declarado, é possível dizer que o garfo telescópico e o bi-choque traseiro não têm o mesmo dinamismo do motor e foram configurados para rodar num asfalto bom. Testado em condições adversas, o conjunto encarou os problemas, mas o tranco na coluna incomodou em algumas situações.
FICHA TÉCNICA: Harley-Davidson Fat Bob FXDF 2012
Motor: | Twin Cam 96, com dois cilindros em “V” e refrigeração a ar. |
Potência: | n/d. |
Torque: | 12 kgfm a 3.500 rpm. |
Câmbio: | Seis marchas. |
Alimentação: | Injeção eletrônica. |
Tanque: | 18,9 litros. |
Suspensão: | Garfo telescópico (dianteira). Bichoque (traseira). |
Freios: | Disco duplo (dianteiro). |
Chassis: | n/d. |
Dimensões: | 2.330 mm x n/d x n/d (C x L x A). 690 mm (altura do assento), 125 mm (altura mínima do solo), 1.620 mm (entre-eixos). |
Peso: | 320 kg (em ordem de marcha). |
JUSTA
Já os freios, duplo disco na dianteira e simples na traseira, funcionam bem em todas as situações. Claro que o comando avançado e a pedaleira robusta do freio traseiro exige uma perícia por parte do piloto, mas, mesmo assim, o auxílio do ABS (antitravamento) e dos discos garantem a segurança ao piloto a bordo da moto.
Porém, cabe uma crítica a ela: se for necessário levar garupa, o proprietário terá problemas. O banco do passageiro é ingrato e uma viagem que seria para estreitar os laços, pode terminar em briga.
DESFECHO
Todo consumidor precisa saber o que procura em uma motocicleta antes de fazer a escolha. A Fat Bob atende bem ao motociclista urbano, que viaja de vez em quando e, dentro dessa proposta, é uma boa opção. Estilo único e motor dinâmico são as principais características que fazem dela uma motocicleta clássica e atual.
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