Motos de visual simples e despojado são cada vez mais procuradas no Brasil
Onda retrô volta com força e tem cada vez mais seguidores
Há algo de novo no horizonte no mundo das motocicletas? Sim, as motos com ar retrô, que cada vez mais vêm conquistando adeptos, inclusive aqui no Brasil.
Ícone indiscutível do estilo clássico, que muitos definem acertadamente como "motos com cara de moto", são as inglesas Triumph Bonneville e suas derivações, como a Street Cup lançada no Brasil há alguns dias. Por trás da aparência de moto dos anos 1950 elas incorporam o que há de mais moderno na atual tecnologia motociclística.
Diferentemente dos modelos nas quais foram inspiradas visualmente, fabricadas muitas décadas atrás, as Triumph atuais "teimam" em funcionar a cada manhã. Param sem exigir orações, graças aos freios a disco com ABS, e seus donos não mais reconhecem o lugar onde costumam estacionar por causa das manchas de óleo no chão. Ah, e o sistema elétrico Lucas de outrora, apelidado de "Príncipe das Trevas", é hoje apenas uma lembrança esquecida em sombras do passado.
Os motores atuais têm refrigeração líquida, mas as típicas aletas do arrefecimento a ar estão ali, envolvendo os cilindros, assim como os corpos de borboletas do sistema de admissão por injeção eletrônica, que simulam ser carburadores.
Tem mais
A Ducati com suas Scrambler é outro bom exemplo de moto que emula o design dos anos 1960 mas usa tecnologia atual. Também está em vias de lançamento no Brasil a representante deste segmento retrô mais fiel às orgens: a Royal Enfield.
Marca sobrevivente da outrora gloriosa indústria britânica de motocicletas, elas foram fabricadas na Índia por décadas quase que 100% fiéis aos modelos ingleses, seja em design quanto na arquitetura de chassi e motor. Uma injeção de investimentos promoveu uma discreta atualização técnica dos modelos visando o ingresso no mercado mundial. O DNA clássico foi preservado, mas agora elas precisam atender às demandas dos testes antiemissões e a necessária confiabilidade sem que o atrativo principal, o visual clássico e essencial, fosse alterado.
Há expectativa que as Royal Enfield no Brasil ocupem uma faixa de preço bem abaixo das Triumph e Ducati mencionadas (que custam entre R$ 35 mil e R$ 45 mil), preenchendo uma "fresta" inexplorada no ainda restrito nicho de motocicletas com visual simples e despojado.
Modelos como a Classic 500 ou a esportiva Continental GT, se vendidos a preço competitivo, semelhante ao das outras 500 do mercado (cerca de R$ 25 mil) podem atender ao crescente desejo do público ávido por "motos com cara de moto" mas sem opções acessíveis neste momento.
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