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Cinto de segurança: saiba quando é hora de trocar a peça que salva sua vida

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Colunista do UOL

01/02/2022 04h00

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Pode parecer que todos já estão acostumados a usar o cinto de segurança corretamente. Mas ainda há muitos que continuam sem colocar o item de segurança quando viajam no banco de trás do carro. E pior: por incrível que pareça, têm pessoas que acham que o airbag chegou para substituir o cinto.

Vamos parando com isso, hein! O cinto continua sendo o item de segurança passiva mais importante dentro do nosso carro, trabalhando em conjunto com o airbag.

O cinto é uma joia da engenharia e vem evoluindo absurdamente ao longo dos anos. Tanto que muitas pessoas não têm ideia do quanto ele trabalha para preservar nossa vida.

Hoje é muito comum os carros contarem com os pré-tensionadores, que já estamos acostumados. A traquitana que faz o cinto travar quando rola um impacto - e percebemos ele funcionando quando o puxamos com mais vigor.

Mas muitos carros contam com outra ferramenta importante, chamada limitador de carga, que solta o cinto um pouquinho depois do impacto. Uma engenharia incrível para minimizar ferimentos que a ação do travamento do próprio equipamento de segurança poderia causar.

Um tipo de limitador de carga muito simples é a dobra costurada no cinto, que arrebenta quando o equipamento trava e libera tensão. Genial, não é?

Outros, mais avançados, funcionam com barras de torção, mas a questão crucial aqui é que, se você se envolve em um acidente e o cinto de segurança salva a sua vida, como está projetado para fazer, ele deixa de funcionar ao usar toda essa tecnologia em um acidente.

Claro que isso depende da intensidade do impacto, né? Mas, como eu disse, se seu cinto se valeu das tecnologias nele empregadas para salvar sua vida, provavelmente se deformou para absorver impacto. Talvez tenha danificado o limitador de carga, entre outros itens, alguns até eletrônicos, e precisa ser substituído.

Nada de reparar, é substituição mesmo.

O mesmo vale para qualquer parte do sistema de airbag que acionar em uma eventual colisão. Precisa ser substituído, nada de reparos. Estamos falando de sistemas de segurança muito importantes e sensíveis, não dá para vacilar com essa parte.