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Fernando Calmon

VW Tiguan Allspace, maior em tudo, abre pacotão de SUVs da VW até 2020

Versão mais cara do Tiguan é a R-Line, de 220 cv - Eugênio Augusto Brito/UOL
Versão mais cara do Tiguan é a R-Line, de 220 cv
Imagem: Eugênio Augusto Brito/UOL

Colaboração para o UOL, de São Paulo (SP)

18/04/2018 11h59

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Marca alemã lançará mais quatro utilitários nos próximos anos

Os veículos utilitários esporte viraram um fenômeno. Mais conhecidos pelas três letras “mágicas” SUV (da sigla, em inglês, Sport Utility Vehicle), eles tem atingido a maioria dos mercados importantes do mundo.

Nos EUA, cerca de 40%, na Europa perto de 30%, na China ao redor de 15% e no Brasil, em torno de 20%. Das principais economias, apenas no Japão, por características locais, há baixa participação.

Há também modelos comuns com vestimenta “aventureira” – pseudo-SUV – que o marketing dos fabricantes desejam enquadrar nesse segmento, mas não passam de licença poética. Projeções para os SUVs autênticos apontam 30% do mercado brasileiro em quatro anos. Esse percentual dependerá de aumento dos financiamentos e recuperação do poder aquisitivo. Os mesmos fatores, no entanto, podem trazer mais compradores de modelos de menor custo não enquadrados como SUVs.

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Porém, nenhuma marca deseja ficar de fora. Apenas a Fiat, entre as de maior volume, ainda está por definir planos. Por outro lado, a Volkswagen estabeleceu que cinco de seus 20 lançamentos até 2020 (com os quais pretende recuperar a liderança mantida entre 1960 e 2001) serão SUVs.

O primeiro a chegar é o mexicano Tiguan Allspace, seguido pelo T-Cross (mesmo entre-eixos do Virtus) a ser produzido no Paraná, no início de 2019, para concorrer na faixa de Honda HR-V, Nissan Kicks, Jeep Renegade e Hyundai Creta entre outros.

O argentino Tarek, no final de 2019, deverá ter o entre-eixos do novo Jetta e enfrentará Jeep Compass, Honda CR-V, Toyota RAV4, Hyundai Tucson e outros. Os dois restantes seriam o SUV grande Atlas, produzido nos EUA, e talvez o Touareg, a ser importado apenas sob encomenda da Alemanha. Isso sem contar o modelo derivado do Polo, cuja produção foi confirmada para 2020 pela própria VW. Todos feitos sobre a arquitetura modular MQB.

O Tiguan Allspace tem distância entre-eixos maior em relação à versão vendida apenas na Europa. É oferecido com opção de cinco lugares (de entrada) e de sete (intermediária e topo de linha). As duas primeiras utilizam motor turboflex produzido no Brasil (1,4 L/150 cv) e a R-Line com acabamento esportivo dispõe de um turbo a gasolina 2 L/220 cv.

Distância entre-eixos generosa de 2,79 m (7 cm superior ao Equinox, por exemplo) garante amplo espaço, em especial no banco traseiro. Porta-malas invejável de nada menos que 710 litros, mas limitado a 216 litros com as três fileiras de bancos. O acesso à terceira fileira, no entanto, é particularmente difícil, se comparado a concorrentes como o Peugeot 5008. Acabamento é correto e o painel segue os padrões estéticos e eficientes da marca.

Impressiona mais o desempenho, sentido logo na primeira acelerada forte. Segundo a VW, a versão superior, com detalhes esportivos na carroceria, registra 0 a 100 km/h em apenas 6,8 s com câmbio automatizado de sete marchas e tração 4x4.

Como referência, o hatch Golf GTI tem mesmo motor, câmbio de seis marchas, mas acelera nas mesmas condições em 7,2 s, embora pese 468 kg a menos. O Chevrolet Equinox tem 262 cv (42 cv a mais que o Tiguan), pesa quase 100 kg a menos (tração 4 x 2), menos uma marcha no câmbio e vai de 0 a 100 km/h em 7,6 s. É preciso promover um tira-teima...

Preços do Tiguan vão de R$ 124.900 a 179.900.

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Roda viva

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Imagem: Alta Roda

+ Civic Si é um típico carro de imagem que a Honda não abre mão de oferecer ao mercado. Cupê canadense é bastante impactado por imposto de importação e preço de R$ 159.900 limita aspirações de vendas. Seu estilo próprio, sem exageros, agrada a todos os olhos. Esportividade marcada pelo escapamento central (verdadeiro), rodas de 18 polegadas e pneus 235/40 (Goodyear).

+ Motor 1.5 turbo de 208 cv do Si tem boas respostas, porém concorrentes mais baratos entregam potência maior. Direção de resposta direta, volante de ótima pegada, suspensões muito bem calibradas e freios potentes formam conjunto de primeira linha. Câmbio manual e ótima alavanca, hoje, são para saudosistas (até Porsche e Ferrari são automáticos), porém coerente com a proposta.

+ Lexus LS 500h é topo de linha da marca de luxo da Toyota, mas só estará disponível no último trimestre por R$ 760 mil. Trata-se de híbrido de tração traseira com motor V6 (300 cv) e mais dois elétricos nas rodas dianteiras: potência total de 359 cv. Interior muito espaçoso com bancos individuais traseiros. Fora a grade exagerada, o estilo geral é bastante razoável.

+ JAC T40 agora está disponível com câmbio automático. Marca chinesa também oferece (só nessa versão) novo motor de 1,6 L com ótimos 138 cv e 17,1 kgfm. Desempenho agrada, apesar das limitações de todo câmbio CVT e de seu efeito-chiclete (motor sobe de giro e a velocidade, nem tanto). Suspensões também foram recalibradas. Versão única e bem equipada sair por R$ 69.900.

+ Polícia Rodoviária Federal tomou a boa iniciativa de oferecer um site para registro de roubo ou furto de veículos. Todos os policiais dentro do raio de 100 km da ocorrência irão receber a mensagem em seus celulares. Probabilidade de recuperação de um veículo é maior nas primeiras horas após a ocorrência.