Volkswagen dá preços coerentes ao Virtus, sedã bem equilibrado e espaçoso
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Modelo poderia ter desenho dianteiro diferente se comparado ao Polo, mas compromisso com o preço final falou mais alto
Ofertas estão cada vez mais sofisticadas no mercado brasileiro. A chegada do Volkswagen Virtus, como legítimo representante da nova leva de sedãs compactos "anabolizados" (inclui em fevereiro Fiat Cronos e, mais para frente, Toyota Yaris sedã), é prova disso.
O novo modelo da marca alemã é o que mais oferece espaço interno, em especial no banco traseiro. Suas dimensões internas e externas estão bem próximas às do atual Jetta, um médio que só será substituído no final do ano pelo modelo 2019 (apresentado no Salão de Detroit), maior que o atual.
Essa coluna não tem por hábito começar a analisar um produto pelo preço. Costuma ser ponto sensível e fator determinante para muitos compradores. No entanto, a Volkswagen mostrou certa coerência no posicionamento estratégico entre seus dois produtos inteiramente novos. As versões de entrada, intermediária e de topo do Polo vão de R$ 50 mil a R$ 70 mil -- o Virtus foi colocado entre R$ 60 mil e R$ 80 mil.
Não por coincidência, o sedã Honda City fica nessa mesma faixa de preço -- entre R$ 61 mil e R$ 81 mil -- e convive com o médio Civic. Portanto, há oportunidades para todos.
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Motores diferentes
Uma das explicações para as variações de preços está na motorização. O Virtus tem versão de entrada com motor de 1,6 litro aspirado de 117 cv (etanol) que se enquadra em faixa de IPI maior (mais 4 pontos percentuais). As outras duas agregam o motor turbo de 1 litro, 128 cv (etanol), que no uso diário se comportam como um 2-litros aspirado. O torque de 20,4 kgfm aparece logo a apenas 2.000 rpm e faz grande diferença na dirigibilidade, principalmente na economia de combustível.
A Volks ainda aproveitou para colocar a versão intermediária como sua “peça de resistência”, além do que já representa em geral no mercado.
O Virtus, como o Polo, destaca-se por agregar tecnologias sofisticadas a exemplo do quadro de instrumentos digital, manual do proprietário interativo e, acima de tudo, grau máximo em termos de segurança passiva (também recebeu cinco estrelas no teste do Latin NCAP e laurel extra por proteção ao pedestre em caso de acidente).
Evidente que isso se reflete em custos maiores e simplificações foram feitas: materiais de acabamento pobres, ausência de alças no teto, descuidos no revestimento do porta-malas (que tem ótimos 521 litros) são alguns exemplos.
Por outro lado, há pormenores de certa sofisticação nesse segmento -- apoio de braço central com regulagem longitudinal e saídas de climatização para o banco traseiro -- convivendo (mal) com tampa de porta-luvas sem abertura amortecida. Molas a gás estão ausentes na tampa do porta-malas, mas há braços de articulação sem interferência com a bagagem.
O Virtus também se destaca pelo estilo equilibrado e menos conservador, embora a parte dianteira seja idêntica à do Polo, solução de compromisso com o preço final. Seria desejável certa diferenciação.
Por fim, além das conspícuas vantagens de espaço interno, novas tecnologias e do modo como freia, acelera e faz curvas, volta a questão do preço. A fábrica decidiu compensar ao diminuir custos de manutenção e também de reparos, mais baratos, em caso de pequenas colisões no bem reconhecido critério do Cesvi.
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Roda viva
+ Linha de SUVs da BMW continuará a avançar na preferência dos clientes da marca alemã no Brasil. Com a chegada do X2, no segundo trimestre, e do X7 na virada do ano, deve aumentar para 60% a participação nas vendas. Empresa produzirá o novo X3 em Araquari (SC), onde já aplicou R$ 1 bilhão. Dependendo do programa Rota 2030, X2 também será nacionalizado.
+ Especialistas nos EUA acham que as baterias não são solução definitiva para carros elétricos por várias razões, sempre comentadas neste espaço. Há inclinação para admitir pilhas a hidrogênio como alternativa mais viável por resolver o problema de autonomia. Infraestrutura, embora também cara, encontraria muitos interessados em investir.
+ "Ousar mais" é nova ordem para a Peugeot. Vai dobrar para 500 unidades por mês a importação do 3008 e assim atender toda a demanda por este SUV moderno, de harmonia incomum entre interior e exterior. Para tal acrescentou versão Griffe Pack por R$ 154.990 (R$ 9.000 extras). Vêm com rodas de aro 19, novos recursos de segurança e nível 2 de condução autônoma.
+ Custos de produção no México são cerca de 20% menores que os do Brasil -- principal fator para o avanço da indústria mexicana na classificação dos maiores produtores de veículos do mundo, além da proximidade com EUA e Canadá. Segundo Alberto Torrijos, da consultoria Delloite, México produzirá cinco milhões de veículos em 2020 e será o quinto colocado global.
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