Quem foi bem e quem foi mal na gangorra de vendas do semestre
As estreias de novos produtos levaram ao aumento da competição nas vendas do primeiro semestre. Chevrolet Onix manteve a liderança absoluta (mesmo sem a ajuda do Prisma). Toyota Corolla ampliou sua vantagem, pelo menos enquanto os novos Chevrolet Cruze e Honda Civic não embalarem.
Briga entre os SUVs compactos continua acirrada, mas o Honda HR-V defendeu bem a posição.
Embora o mercado tenha caído cerca de 25% em relação a 2015, alguns segmentos sofreram mais. Crossovers (- 58%), hatches ou sedãs médios-grandes (- 46%) e peruas (- 43%) são exemplos. Já a chegada da Fiat Toro (que carrega até uma tonelada) sacudiu as picapes médias. Além de desafiar a líder Toyota Hilux, ajudou a manter as vendas do segmento estáveis.
SUVs pequenos tiveram aumento explosivo de 37%, em razão de HR-V e Renegade. Entre os SUVs médios-grandes e grandes houve revisão de enquadramento em razão de novo critério para distâncias entre-eixos (2,80 m é referência de corte, no caso). Os demais segmentos permanecem sem alteração.
A classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família, independentemente do nome do modelo. Sedãs com entre-eixos de significativa diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). A base é a do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). São citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento. Dados compilados por Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
+Compactos: Chevrolet Onix/Prisma, 18%; HyundaiHB20/HB20S, 15%; Ford Ka/Ka+, 8,3%; Volkswagen Gol/Voyage, 8,2%; Fiat Palio/Siena, 6%; Volkswagen Fox, 5%; Renault Sandero, 4,9%; Volkswagen up!, 3,7%; Fiat Uno, 3,4%; Toyota Etios hatch, 3%; Fiat Grand Siena, 2,8%; Toyota Etios sedã, 2,5%; Chevrolet Cobalt, 2%; Renault Logan, 1,8%; Nissan Versa, 1,7%; Ford Fiesta hatch/sedã, 1,68%; Nissan March, 1,65%; Honda City, 1,55%; Chevrolet Classic, 1,54%; Renault Clio, 1,51%; Fiat Mobi, 1,2%; Citroën C3/DS3, 1,1%.
+Médios-compactos: Toyota Corolla, 40%; Honda Civic, 11%; Volkswagen Golf/Jetta, 9%; Chevrolet Cruze hatch/sedã, 7%; Ford Focus hatch/sedã, 6%; Nissan Sentra, 5%; Renault Fluence, 3,2%; Audi A3 hatch/sedã, 3,1%; CItroën C4 Lounge, 2,8%.
+Médios-grandes: BMW Séries 3/4, 27%; Ford Fusion, 26%; Mercedes-Benz Classe C, 24%.
+Grandes: Mercedes-Benz Classe E, 37%; BMW Série 5/6, 25%; Jaguar XF, 15%.
+Topos: Mercedes-Benz Classe S, 54%; Chrysler 300C, 15%; BMW Série 7, 11%.
+Esportivos: Porsche Boxster/Cayman, 26%; Porsche 911, 23%; BMW Z4, 17%.
+Peruas: Fiat Weekend, 61%; Volkswagen SpaceFox/SpaceCross, 24%; Volkswagen Golf Variant, 10%.
+SUVs compactos: Honda HR-V, 32%; Jeep Renegade, 27%; Ford EcoSport, 13%.
+SUVs médios-compactos: Hyundai ix35/Tucson, 44%; Mitsubishi Outlander, 10%; Kia Sportage, 7%.
+SUVs médios-grandes: Toyota SW4, 50%; Mitsubishi Pajero Full/Dakar, 14%; Volvo XC60, 10%.
+SUVs grandes: Chevrolet Trailblazer, 17%; BMW X5/X6, 15%; Range Rover Sport/Vogue, 14%.
+Monovolumes pequenos: Honda Fit, 46%; Chevrolet Spin, 34%; Citroën C3 Aircross, 12%.
+Crossovers: Mitsubishi ASX, 54%; Range Rover Evoque, 24%; Fiat Freemont/Dodge Journey, 19%.
+Picapes pequenas: Fiat Strada, 49%; Volkswagen Saveiro, 32%; Renault Duster Oroch, 11%.
+Picapes médias: Toyota Hilux, 27%; Fiat Toro, 25%; Chevrolet S10, 17%. Líder sob forte ameaça.
Siga o colunista no Twitter: https://twitter.com/fernandocalmon.
Roda Viva
+Balanço semestral de 2016 da Anfavea (associação das fabricantes), incluindo vendas de automóveis, comerciais leves e pesados, indica que a queda acentuada começa a amenizar. No conjunto da indústria o recuo chegou a 25% em relação ao mesmo período de 2015. Até o final de 2016 a entidade espera que se limite a 19%, ou 2 milhões de unidades. Estoques baixaram de 41 para 39 dias (junho sobre maio).
+Como parte das comemorações dos 40 anos de sua fábrica no Brasil, a Fiat anuncia o projeto Futuro das Cidades. A ideia é aprofundar estudos sobre economia colaborativa, descobrir problemas que ainda possam vir e pesquisar soluções de mobilidade para as cidades brasileiras. Lançará, brevemente, uma plataforma aberta que aceitará sugestões de qualquer fonte.
+Toyota decidiu impulsionar no Brasil a Lexus, sua marca de luxo. Aposta inicial é no RX 350, um SUV médio-grande que aproveita a mesma arquitetura do Camry. O estilo é audacioso, principalmente a grade dianteira em formato de carretel. Destacam-se conforto de marcha, sistema 4x4 moderno, acabamento de primeira qualidade e central multimídia de 12,3 polegadas. Preços: R$ 337.350 a 352.950. Marca acredita que terá mais espaço para crescer.
+Trocar o motor 6-cilindros aspirado por um 4-cilindros turbo, mantendo configuração boxer, tornou o Porsche Boxster e sua versão S um roadster ainda mais instigante para guiar. Além de menor peso, houve ganho de potência e torque (versão S, agora, com 350 cv e robustos 42,8 kgfm), melhora no desempenho e diminuição de consumo de combustível. Rodas traseiras têm até 10 pol. de largura. Preços entre R$ 368.000 e 466.000.
+Correção na coluna da semana passada: motor 1.0 EcoBoost da Ford é importado de Craiova, na Romênia, e não de Cracóvia, na Polônia.
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