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Cientistas reveem expectativas da pandemia em 2022 devido à ômicron

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Imagem: iStock

Julie Steenhuysen

17/12/2021 12h07

Agora que a variante ômicron ganha ímpeto na Europa e nos Estados Unidos, cientistas estão revendo suas expectativas para a pandemia de covid-19 no ano que vem.

Poucas semanas atrás, especialistas em doenças estavam prevendo que os países começariam a sair da pandemia em 2022 depois de sofrerem com uma série de disparadas causadas pelas variantes alpha, beta, gamma e delta.

Acreditava-se que a covid recuaria para a condição de doença endêmica, havendo esperança de surtos periódicos ou sazonais menos graves. As vacinas, disponíveis durante a maior parte de 2021 somente em países ricos, poderiam chegar à maioria da população mundial até o final do ano que se aproxima.

Mas a disseminação rápida da ômicron, que foi identificada no final de novembro e tem muitas mutações em relação à primeira versão detectada do coronavírus, e sua capacidade aparente de reinfectar pessoas com um índice mais alto do que suas antecessoras está minando esta esperança.

Países já estão reativando medidas usadas mais cedo na pandemia, como restringir viagens, reimpor exigências de máscaras e desaconselhar aglomerações nas festas de final de ano do inverno setentrional. Embora não se tenha voltado à estaca zero, uma parte muito maior do mundo precisará se vacinar ou ser exposta à covid para deixar para trás o pior da pandemia, disseram especialistas em doenças à Reuters.

"As pessoas estão cansadas da pandemia, e Deus sabe que estou também, mas, a menos que tenhamos alguma urgência em induzir nossos líderes a agirem, vejo 2022 sendo muito do mesmo do que vimos em 2021", disse a doutora Angela Rasmussen, virologista da Organização de Vacinas e Doenças Infecciosas da Universidade de Saskatchewan, no Canadá.

Mesmo depois que a covid se tornar uma doença mais endêmica, novas variantes desencadearão surtos e disparadas sazonais durante anos.

"Sempre haverá um número padrão de casos, hospitalizações e mortes de Covid", disse o doutor Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Centro de Segurança da Saúde Johns Hopkins. "Muitas pessoas ainda não aceitaram isso."

A esperança é que o vírus perca força a ponto de não causar mais transtornos, mas conviver com a covid-19 não significa que o vírus não é mais uma ameaça.