Esquece as coisas? Fique de olho nestes 4 alimentos que afetam a memória

A nutrição tem um impacto significativo na memória, função cognitiva e saúde emocional. Alimentos de alto índice glicêmico, como arroz branco, podem aumentar o risco de depressão, enquanto alimentos ricos em fibras, como frutas e vegetais, podem ajudar a prevenir a depressão.

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, com a ajuda da nutricionista Elci de Almeida Fernandes, especialista em gerontologia do conselho consultivo da instituição, elencou uma lista de alimentos que são ruins para a função cerebral:

Alimentos ricos em carboidratos de alto índice glicêmico, como pão francês, arroz branco, cereais de milho e batata, estão associados a um aumento do risco de depressão, especialmente em mulheres na menopausa, de acordo com um estudo de 2015 publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

Esses alimentos causam picos rápidos nos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças de humor, fadiga e outros sintomas depressivos. Mas, o consumo controlado de carboidratos complexos, como arroz integral e pães integrais, não tem o mesmo efeito negativo.

Por outro lado, alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, vegetais e grãos integrais, ajudam a regular a absorção de carboidratos, promovendo maior saciedade e estabilidade nos níveis de açúcar no sangue, reduzindo o risco de depressão. Portanto, é aconselhável equilibrar o consumo de alimentos de alto índice glicêmico com alimentos de baixo índice glicêmico para manter a saúde emocional.

A ingestão de sucos de frutas com alto teor de açúcar pode afetar negativamente a função cognitiva, incluindo a memória de longo e curto prazo, bem como a flexibilidade mental. Um estudo de 2015 demonstrou que uma dieta rica em açúcar e gordura resultou em um declínio significativo nas funções cerebrais, especialmente na flexibilidade cognitiva.

Isso foi associado a alterações nas bactérias intestinais, com o aumento da clostridiales e a diminuição da bacteroidales, sugerindo que o açúcar e a gordura podem perturbar o equilíbrio microbiano no intestino, afetando o funcionamento cerebral. Portanto, a saúde intestinal desempenha um papel fundamental na absorção de nutrientes e nas respostas neurocerebrais às escolhas alimentares.

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Alimentos com elevado teor de gordura saturada têm impactos negativos na memória e provocam inflamação no cérebro. Dietas ricas em gordura não apenas estão ligadas à perda de memória, mas também prejudicam o hipotálamo, uma parte do cérebro responsável pela regulação do peso.

Estudos indicam que uma dieta com alto teor de gordura pode resultar em inflamação no hipotálamo, levando a problemas de regulação de ingestão de alimentos e contribuindo para a obesidade.

Além disso, uma dieta rica em gordura pode causar inflamação em todo o corpo, incluindo nas artérias, aumentando o risco de acidente vascular cerebral. Isso ocorre porque a inflamação afeta as artérias que fornecem sangue tanto ao coração quanto ao cérebro, aumentando o perigo de bloqueios arteriais.

Portanto, é importante destacar que os alimentos que contêm gorduras saturadas de origem animal, como queijos amarelos, são os principais vilões nesse contexto. Por outro lado, queijos brancos, frescos e ricotas não estão associados a esses efeitos negativos.

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O consumo de alimentos fritos está associado ao aumento do risco de desenvolver Alzheimer. As frituras contêm gordura saturada que prejudica a barreira protetora do cérebro, permitindo a entrada de substâncias prejudiciais e afetando o transporte de nutrientes essenciais.

Além disso, alimentos fritos elevam o nível de colesterol no sangue, o que também está relacionado ao desenvolvimento de Alzheimer e demências. No entanto, são necessárias mais pesquisas para determinar se o alto nível de colesterol é a causa ou consequência da progressão da doença.

O FDA, a agência norte-americana de saúde, pretendia eliminar a gordura trans dos alimentos até 2018, mas muitos produtos ainda a contêm, incluindo margarina, alimentos congelados, pizza congelada, massas refrigeradas, café com creme e pipoca de micro-ondas.

Estudos mostram que o consumo excessivo de gordura trans está ligado a danos nas funções cognitivas, redução do volume cerebral e pior desempenho em testes de memória. Mesmo que mais pesquisas sejam necessárias para confirmar esses efeitos, há motivos suficientes para evitar essa substância.

Além disso, uma dieta rica em gordura trans aumenta o risco de ataques cardíacos e morte por outras causas. O consumo de alimentos processados no Brasil também tem contribuído para o aumento dessas gorduras prejudiciais à saúde.

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