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Ficar sentado 8h por dia aumenta em 13% risco de morte e doenças cardíacas

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

18/06/2022 12h16

Se você trabalha sentado em frente ao computador, cuidado! Um estudo mostrou que passar de seis a oito horas sentado por dia aumenta de 12 a 13% o risco de morte precoce e doenças cardíacas. Quem fica sentado mais de oito horas por dia aumenta esse risco para preocupantes 20%.

A pesquisa foi feita com mais de 100 mil pessoas de 21 países e foi publicada no periódico Jama Cardiology na quarta-feira (15). De acordo com os autores, a associação do sedentarismo com os problemas de saúde foi mais pronunciada em países de baixa renda e de renda média-baixa. Segundo eles, atender às recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para atividade física poderia efetivamente atenuar o risco de alto tempo sentado.

Como o estudo foi feito

  • Em janeiro de 2003, foram recrutados 105.677 participantes de 21 países. Eles tinham de 35 a 70 anos na época e foram acompanhados até agosto de 2021. Os participantes eram de 21 países diferentes, de rendas baixa, média e alta.
  • O tempo sentado diário foi medido usando o Questionário Internacional de Atividade Física.
  • Durante um acompanhamento médio de 11,1 anos, 6.233 mortes e 5.696 eventos cardiovasculares maiores (2.349 infartos do miocárdio, 2.966 acidentes vasculares cerebrais, 671 insuficiência cardíaca e 1.792 mortes cardiovasculares) foram documentados.
  • Comparado com o grupo de referência (menos de 4 horas por dia sentado), maior tempo sentado (8 horas por dia ou mais) foi associado a um risco aumentado de mortalidade por todas as causas e eventos cardiovasculares.
  • Quando analisado por níveis de renda do país, a associação do tempo sentado com os problemas de saúde foi mais forte em países de baixa renda e renda média-baixa.
  • Aqueles que ficaram mais tempo sentados e foram os menos ativos tiveram o maior risco (até 50%), enquanto aqueles que se sentaram mais, mas também foram os mais ativos, tiveram um risco substancialmente menor de cerca de 17%.

Problema é global

Em um comunicado, Scott Lear, professor de ciências da saúde da Universidade Simon Fraser, no Canadá, e que co-liderou o estudo, disse que "a mensagem abrangente aqui é minimizar o quanto você fica sentado". "Se você precisar ficar esse tempo todo sentado, fazer mais exercícios em outros horários do dia compensará esse risco", disse.

Segundo ele, os médicos devem se concentrar em recomendar menos tempo sentado e mais atividades físicas, pois é uma intervenção de baixo custo que pode trazer enormes benefícios.

"Nosso estudo descobriu que uma combinação de tempo sentado com inatividade física foi responsável por 8,8% de todas as mortes, o que está próximo da contribuição do tabagismo (10,6%). É um problema global que tem uma solução notavelmente simples. Agendar um horário para sair dessa cadeira é um ótimo começo", disse.