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Covid-19: existe uma vacina melhor para a dose de reforço?

Dose de reforço é essencial para proteção contra a variante ômicron - iStock
Dose de reforço é essencial para proteção contra a variante ômicron Imagem: iStock

Sarah Alves

Colaboração para VivaBem, em São Paulo

28/01/2022 10h04

Enquanto a população brasileira retorna aos postos de saúde para receber a dose de reforço contra a covid-19, muitas pessoas têm dúvidas sobre qual imunizante devem receber. A recomendação é que a vacina seja diferente das aplicadas no ciclo primário —as duas primeiras doses. No entanto, caso o imunizante não esteja disponível, não há problema em receber uma terceira dose igual.

"Dados laboratoriais e o racional em conceito de imunologia apontam que estimular o sistema imunológico de formas diferentes é uma maneira de ter respostas mais completas e potentes", explica André Giglio Bueno, professor de infectologia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, em São Paulo.

Ou seja, pessoas que se vacinaram com CoronaVac devem receber, preferencialmente, um dos três outros imunizantes disponíveis no país: Pfizer, Janssen ou AstraZeneca. A mesma recomendação vale para os demais imunizantes, sempre obedecendo às doses iniciais.

Flávia Bravo, diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explica que a vacina da Pfizer é a mais recomendada para a dose de reforço por concentrar maiores estudos e ser mais "imunogênica" (isto é, que provoca boa resposta do sistema imune), segundo a médica.

Porém, ela alerta ser importante completar o esquema vacinal mesmo na ausência deste imunizante. "O reforço é indicado para pessoas a partir de 18 anos, preferencialmente com Pfizer, mas na ausência, utilizam-se as outras, porque se sabe que vai ser bom", diz Bravo.

Receber a mesma dose das duas primeiras aplicações está liberado se as demais não estiverem disponíveis. De acordo com a especialista, não receber ou postegar a imunização à espera de vacinas diferentes não deve ser uma possibilidade, sobretudo com o avanço da doença por causa da variante ômicron.

"Já sabemos que para a proteção contra a ômicron são necessárias três doses, e isso vale para qualquer vacina. Em uma situação que estamos vivendo, com aumento gritante do número de casos, hospitais ficando cheios, você escolher ficar desprotegido é muito pouco inteligente. Tome a vacina que estiver disponível, ela vai funcionar para reforço", afirma Flávia Bravo.