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Covid-19: 25% da população mundial não terá acesso à vacina até 2022

Vacina da Pfizer em laboratório de Cardiff, no País de Gales - JUSTIN TALLIS / various sources / AFP
Vacina da Pfizer em laboratório de Cardiff, no País de Gales Imagem: JUSTIN TALLIS / various sources / AFP

Do VivaBem, em São Paulo

17/12/2020 16h12

Mesmo com alguns países iniciando a vacinação contra covid-19, um novo estudo sugere que as vacinas podem não estar disponíveis para quase um quarto (aproximadamente 25%) da população mundial até 2022. O resultado foi publicado no periódico BMJ nesta terça-feira (15).

O estudo ressalta que imunizar as pessoas será um desafio tão grande quanto desenvolver vacinas — especialmente em países de baixa e média renda. "Governos e fabricantes devem fornecer as garantias necessárias para a alocação equitativa das vacinas por meio de maior transparência e responsabilidade", disseram os pesquisadores.

Quais foram os achados do estudo?

Os autores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health relataram que até o dia 15 de novembro, alguns países já reservaram 7,48 bilhões de doses de vacinas testadas por 13 fabricantes. Os principais destaques do estudo são:

  • Mesmo se todos os fabricantes de vacinas atingirem a capacidade máxima de produção, quase um quarto da população mundial não terá acesso às vacinas até 2022;
  • 51% das doses produzidas já foram destinadas aos países ricos, que têm 14% da população mundial;
  • Países de baixa e média renda, onde vivem mais de 85% da população global, teriam potencialmente acesso às doses restantes;
  • Na melhor das hipóteses, a capacidade de fabricação total projetada seria de 5,96 bilhões de doses completas de vacina até o final de 2021 -- com preços variando de US$ 6 a US$ 74 (aproximadamente de R$ 30 a R$ 375).
  • 40% das vacinas disponíveis podem permanecer para países de baixa e média renda, mas isso dependerá da colaboração das nações mais ricas.

Por que este estudo é importante?

Os resultados mostram que o acesso à vacina contra covid-19 e sua distribuição pelo mundo são grandes desafios. Para garantir um acesso igualitário a todos, deve ocorrer uma coordenação global "sem precedentes", principalmente entre as potências.