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Cientistas descobrem enzima cerebral que impulsiona desejo sexual em homens

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

17/09/2020 20h24

Um estudo publicado no periódico Endocrinology descobriu como uma enzima cerebral controla o desejo sexual em homens.

Feito em ratos, o estudo mostrou como aromatase age no cérebro adulto. A substância transforma a testosterona (hormônio que impulsiona a atividade sexual masculina) em estradiol, um tipo de estrogênio.

Já é sabido que os estrogênios são importantes para o controle da função reprodutiva em ambos os sexos. Além disso, os estrogênios são essenciais para os papeis funcionais e organizacionais no desenvolvimento do cérebro no comportamento dos adultos.

Como o estudo foi feito

Os cientistas trabalharam com ratos que não tinham a enzima no cérebro. Nesses machos, a atividade sexual foi reduzida em aproximadamente 50%.

A diminuição na atividade ocorreu mesmo na presença de níveis notavelmente mais elevados de testosterona no sangue em comparação com o controle de ratos machos. Já os animais que não produziam a aromatase em nenhuma parte do corpo não apresentavam atividade sexual. Os ratos machos perderam parcialmente o interesse pelo sexo", afirmou Hong Zhao, um dos autores do estudo.

O pesquisador reforça ainda o papel fundamental da aromatase na produção de estrogênio. "O estrogênio tem funções em homens e mulheres. A testosterona deve ser convertida em estrogênio para o desejo sexual nos homens", disse o autor.

Em situações normais, o camundongo macho perseguiria a fêmea para tentar fazer sexo com ela. Porém, com a enzima desativada no cérebro, a atividade sexual foi significativamente reduzida. "Há menos frequência de acasalamentos. Os ratos machos não estão interessados", completou Serdar Bulun, um dos autores da pesquisa.

Segundo ele, essa é a primeira descoberta importante para explicar como a testosterona estimula o desejo sexual. Os autores do estudo acreditam que as descobertas sugerem que "o comportamento sexual pode ser modificado por meio da inibição ou aumento da atividade da enzima aromatase cerebral". Esse conhecimento pode levar a novos tratamentos para distúrbios do desejo sexual.