Substâncias do plástico prejudicam desenvolvimento do cérebro de ratos
Há tempos se discute se os ftalatos, substâncias químicas usadas para tornar o plástico mais flexível, transparente e durável, podem trazer prejuízos para a saúde humana. Isso porque esses compostos estão presentes em embalagens, xampus, perfumes e esmaltes, por exemplo, e podem migrar para os alimentos ou até mesmo entrar no organismo via pele.
Alguns estudos já demonstraram que os ftalatos interferem na produção hormonal de animais de laboratórios. Agora, uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Illinois (EUA) apontou que esses químicos podem alterar o desenvolvimento do cérebro de ratos e impactar na sua habilidade cognitiva.
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No trabalho publicado no The Journal of Neuroscience, os cientistas alimentaram fêmeas grávidas com biscoitos que tinham quantidade de ftalatos semelhante à encontrada no organismo de mulheres gestantes. Os animais também receberam os biscoitos por 10 dias em que estavam amamentando, pois essas substâncias podem ser passadas da mãe para o bebê tanto pela placenta quanto pelo leite.
Ao comparar os filhotes das roedoras que comeram os biscoitos com as crias de ratos que não ingeriram ftalatos, os pesquisadores identificaram uma redução significativa no número de neurônios e sinapses em um área do cérebro envolvida em funções como memória e tomada de decisões. Além de prejudicar a capacidade cognitiva, alterações nessa região podem levar a desordens como autismo, depressão e esquizofrenia, descreveram os autores.
Quando adultos, esses animais ainda tiveram sua flexibilidade cognitiva testada, e os cientistas relataram haver déficits significativos.
Obviamente, um estudo feito em ratos não comprova que as substâncias presentes no plástico podem fazer mal ao organismo e desenvolvimento humano. Porém, mantém a certeza de que é preciso investigar qual a influência desses químicos em nossa saúde.
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