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Eficácia de reforço da vacina contra covid cai no quarto mês, diz estudo

Enfermeira prepara dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 - Eric Gaillard/Reuters
Enfermeira prepara dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 Imagem: Eric Gaillard/Reuters

11/02/2022 21h28

Washington, 11 Fev 2022 (AFP) - A eficácia de terceiras doses das vacinas de mRNA da Pfizer e da Moderna diminui drasticamente após o quarto mês de administração, de acordo com um novo estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Esse efeito era bem conhecido após a administração de duas doses dessas vacinas, mas foi pouco estudado após a terceira.

O estudo examinou 93.000 hospitalizações e mais de 240.000 atendimentos de emergência relacionados à covid-19 em 10 estados dos Estados Unidos. Foi realizado entre agosto de 2021 e janeiro de 2022 e abrange as ondas das variantes delta e ômicron.

Durante os dois períodos, a eficácia medida após uma terceira dose foi sempre maior do que após duas doses, observaram os CDC, que publicaram este estudo.

Uma vez que o ômicron se tornou a variante dominante, a eficácia contra hospitalizações foi de 91% para aqueles que receberam sua terceira dose dois meses antes à contaminação, mas caia para 78% para pessoas que a receberam pelo menos quatro meses antes.

Uma porcentagem que "continua alta", de acordo com os CDC.

Após o surgimento da ômicron, a eficácia das doses de reforço contra as visitas ao pronto-socorro foi de 87% nos dois meses seguintes, 66% após quatro meses e apenas 31% cinco meses depois.

Os CDC observam, no entanto, que este último número é "impreciso", devido ao baixo número de participantes do estudo que receberam sua terceira dose há mais de cinco meses.

No geral, esses resultados "reforçam a importância de considerações suplementares sobre doses adicionais para manter ou aumentar a proteção contra a covid-19", escreveram os CDC.

Durante uma entrevista coletiva na quarta-feira, Anthony Fauci, conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, estimou que pessoas vulneráveis, como idosos ou imunossuprimidos, podem precisar de uma quarta dose no futuro.