Osteoporose: Não espere cair para descobrir
Durante a vida o estrógeno, no caso das mulheres, e a testosterona, no caso dos homens, tem um papel importante para manter os ossos saudáveis, regulando as células responsáveis pela perda e ganho de massa óssea. Após os 50 anos o corpo produz estes hormônios em menor quantidade, contribuindo para o aparecimento da osteoporose. Quando foi a última vez que você checou a saúde dos seus ossos?
Hábitos saudáveis, práticas regulares de exercícios e a ingestão frequente de cálcio e vitamina D, contribuem para manter seus ossos saudáveis, mas não evitam que a pessoa desenvolva a doença, por isso, após os 50 anos, é necessário fazer acompanhamento médico constante para monitorar a presença da osteoporose, uma doença crônica, progressiva e silenciosa que atinge 10 milhões de pessoas no país.
Apesar de conhecida, a osteoporose é pouco diagnosticada e tratada tardiamente, na maior parte das vezes quando o paciente já sofreu alguma fratura. A condição afeta homens e mulheres e é caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos e aumento do risco de fraturas, que impactam na independência para realizar tarefas do dia a dia, na locomoção e até no bem-estar emocional. Uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens estão suscetíveis a fraturas em decorrência desta doença.
"A osteoporose não tem sintomas muito evidentes e o que parece ser uma pequena fratura no pulso, por exemplo, pode anunciar que problemas mais graves e debilitantes estão a caminho, como fraturas no fêmur, quadril e lombar. Dependendo do tipo e da gravidade da fratura é comum o paciente ter a mobilidade reduzida ou ficar acamado. Por isso é muito importante trabalharmos para ampliar o conhecimento em relação à osteoporose e incentivar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, diminuindo os riscos de fratura"
- Diz o Dr. Charlles Heldan de Moura Castro, professor adjunto da disciplina de reumatologia da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP e atual presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo - ABRASSO.
Um estudo recente conduzido pela consultoria americana, Cornestone Research Group, apoiada pela biofarmacêutica Amgen, avaliou o impacto da osteoporose em diversos países na América Latina, incluindo o Brasil. Os dados analisados mostraram que, no mundo, o custo anual de hospitalização por fraturas causadas pela osteoporose é de R$ 19,8 bilhões. Este valor é maior que o custo de infarto (R$16,7 bilhões), AVC (R$ 11,7 bilhões) e câncer de mama (R$1,9 bilhão).
No Brasil, o custo anual da osteoporose é de R$1,2 bilhão. Mais da metade deste montante - R$ 733,5 milhões (61%) -, são relacionados à perda de produtividade. As despesas com hospitalização representam R$ 234 milhões e os custos cirúrgicos somam R$ 162,6 milhões. O custo da medicação corresponde a R$ 31,9 milhões e os valores dedicados ao diagnóstico alcançam R$ 45,2 milhões.
Hoje o tempo médio de espera para cirurgia de uma fratura de quadril é de 5 a 7 dias, enquanto a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 2 dias. Isso aumenta o risco de morte nos 30 dias seguintes à fratura. Além disso, entre 57% e 60% dos pacientes com osteoporose de alto risco não são tratados.
Com o envelhecimento da população, o número de casos de osteoporose tende a crescer. Em 2015 a população brasileira entre 50 e 89 anos era de 46 milhões de pessoas e até 2030 estima-se que eles serão 69,7 milhões. Em relação ao número de fraturas, em 2015 elas alcançaram 373 mil. A estimativa é de chegarmos a 608 mil fraturas em 2030, um aumento de 63%, se nada for feito.
"Além de campanhas nacionais de conscientização sobre a doença e seus riscos para o público em geral, é necessário trabalhar mais próximo ao governo e sociedades médicas para estabelecer programas e metas de diagnóstico, tratamentos, criar diretrizes e estudar alternativas para superar as barreiras de acesso", diz Mauro Loch, Gerente Geral da Amgen Brasil.
No dia 5 de maio de 2019, a biofarmacêutica Amgen, se aliou ao Guinness World RecordsTM e entidades locais de dez países (Brasil, Canadá, México, Colômbia, Turquia, Líbano, África do Sul, Dubai, Arábia Saudita e Kuwait), e quebrou o recorde mundial do Guinness com uma campanha que promoveu educação em relação à osteoporose e o maior número de testes para detectar a doença em 24 horas. Mais de 7.000 pessoas foram testadas para determinar o risco de ter osteoporose, uma doença que enfraquece os ossos e os torna suscetíveis a fraturas.
No Brasil, a empresa se uniu a ABRASSO, a Osteoporose Brasil e ao Laboratório Fleury e testou 1254 pessoas em eventos realizados em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro.
Alguns números sobre a osteoporose:
- Uma a cada três mulheres acima de 50 anos vão sofrer uma fratura em decorrência de osteoporose.
- 86% das pessoas que tiveram algum tipo de fratura relacionada à osteoporose têm chance de ter uma segunda fratura em até um ano.
- No Brasil, 33% de mulheres pós menopausa têm osteoporose.
- Depois de uma fratura de quadril, 24% das pessoas morrem após um ano. O número mundial é 20%10
- Depois de uma fratura no quadril, 40% das pessoas ficam incapazes de andar de forma independente e 33% acabam totalmente dependentes ou em uma casa de repouso.
Referências
1. National Osteoporosis Foundation. What women need to know. https://www.nof.org/preventing-fractures/general-facts/what-women-need-to-know, Acesso em 20/03/2019.
2. International Osteoporosis Foundation. What is osteoporosis? https://www.iofbonehealth.org/what-is-osteoporosis, Acesso em 20/03/2019.
3. 3NIH Osteoporosis and Related Bone Diseases National Resource Center. Osteoporosis in Men. Disponível em: https://www.bones.nih.gov/health-info/bone/osteoporosis/men. - Acesso em abril de 2019.
4. International Osteoporosis Foundation. https://www.iofbonehealth.org/preventing-osteoporosis - Acesso em abril de 2019
5. SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-osteoporose/ - Acesso em abril de 2019
6. Singer et al. Mayo Clinic Proceedings, 2015;90(1):53-62
7. Aziziyeh et al. The burden of osteoporosis in four Latin American countries: Brazil, Mexico, Brazil, and Argentina. (Amgen, dados em arquivo)
8. Pincus et al., JAMA, 2017;318(20):1994-2003.
9. Kanis, et al. Bone, 2004;35:375-382
10. Guirant, L., et al. Osteoporos Int, 2018;29(5):1147-1154
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