Francesa mostra circuito de 200 motéis como atração turística do Rio

Em uma série de reportagens com sugestões de turismo para os franceses, a revista L’Express explora esta semana o circuito de quase 200 motéis no Rio de Janeiro.
Com seus nomes evocativos, como Playboy ou Paradiso, e seus corações brilhantes piscando na fachada, esses hotéis do amor não são um tabu em uma sociedade que glorifica o erotismo dos corpos e a sensualidade, informa a revista. A revista L’Express conta que os motéis são frequentados por todo tipo de casal no Brasil: desde os “legítimos”, que procuram o motel para quebrar a rotina, aos “ilegítimos”, que tiram vantagem da discrição desses estabelecimentos para realizar “suas travessuras clandestinas”.
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A reportagem filmada sobre os motéis é apresentada pela francesa Aude Chevalier Beaumel, vivendo no Rio de Janeiro há oito anos. Na introdução, ela conta que visitou a Cidade Maravilhosa pela primeira vez "por amor à capoeira" e nunca mais saiu de lá. Aude diz manter uma relação de amor e ódio com o Rio, sinônimo de paixão, segundo a francesa: "Mais do que em qualquer outra cidade do mundo, existem mil maneiras de seduzir e amar no Rio". "O amor está em cada esquina, a cidade nunca dorme, é impossível escapar", destaca.
Suíte para 30 casais e outras preferências
Aude filma o interior de um motel localizado no centro do Rio, apresentando suítes com piscina, banheira de hidromassagem, pista de dança e até uma jaula para práticas sadomasoquistas, além de catálogos de utensílios e produtos eróticos. O dono do local diz que é impossível saber o que os casais fazem depois de trancarem a porta e que é esse espaço de liberdade que as pessoas apreciam. Ele diz já ter alugado uma suíte para 30 casais simultaneamente.
Os funcionários também contam anedotas, como um casal que pediu para comer em uma gamela de cachorro e uma mulher que pediu uma coleira para amarrar o marido e depois saiu com ele de quatro passeando pelo corredor.
Tem motel para todos os bolsos, explica a reportagem. O local visitado cobrava o equivalente a € 40 euros por seis horas de permanência.
As melhores entrevistas são das camareiras e de um garçom. Com um certo pudor, eles relatam já terem sido convidados a fazer sexo por alguns clientes. Muitos deixam as portas abertas e acenam com gestos obscenos para os funcionários quando eles passam no corredor. Questionadas pela reportagem se ouvem gritos e gemidos, as camareiras dizem que isso é a rotina. Elas também evocam pedidos de socorro, mas afirmam jamais interferir na intimidade dos frequentadores.
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