Será que me viciei em sex toy? Quando a brincadeira vira risco e como agir

Com tantos brinquedinhos disponíveis no mercado de bem-estar erótico, cada vez mais mulheres se rendem às delícias proporcionadas pelos sex toys. Muitas têm até a chamada "gaveta do sexo" para acomodar sua coleção, já que a todo momento surgem novidades.

O uso contínuo, porém, tem gerado uma dúvida em comum: "será que me viciei em sex toy?". É uma questão importante que merece ser debatida com especialistas, conforme Universa apurou.

Corpo fica condicionado ao orgasmo rápido

Vale a pena refletir se o comportamento viciante não está ligado diretamente ao uso de brinquedos sexuais, mas sim ao próprio ato de se masturbar.

Se você perceber que a masturbação está começando a tomar conta da sua vida diária e está interferindo nos seus relacionamentos, trabalho ou no seu bem-estar geral, é bom ficar atenta. Embora a masturbação seja um comportamento natural e saudável, o excesso pode indicar um problema.

Buscar ajuda de um profissional de saúde mental ou um terapeuta sexual é crucial para entender o que está acontecendo. Foi o que fez a auxiliar de escritório A. E., de 28 anos, que levava o vibrador para todo canto.

"Eu tinha um pequeno, que deixava na bolsa, e usava sempre que podia. Isso foi me prejudicando, porque comecei a ficar dependente. Na época, até terminei um relacionamento, pois achava que o vibrador era o suficiente para me satisfazer. Conversei com algumas pessoas próximas e decidi procurar uma psicóloga. Comecei a fazer tratamento e foi difícil no começo. Hoje ainda uso, mas é bem mais tranquilo, com menos frequência do que antes", relata.

O corpo não consegue reproduzir mesmas sensações sozinho. Com um vibrador ou um sugador é possível atingir o clímax de forma muito rápida, justamente por ele manter um ritmo e ser mais intenso, coisas que o nosso corpo não conseguiria vivenciar sozinho.

Variando estímulos

Variar os estímulos, os brinquedos e até mesmo deixar de recorrer a eles em alguns momentos pode ajudar a não deixar o corpo tão condicionado.

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A dica é prestar atenção e não ficar condicionada 100% a uma só fonte de prazer. Os brinquedos ajudam, sim, a ter prazer rápido e intenso, além de poderem ser testados em várias zonas erógenas. Eles são uma mão na roda para quem não está a fim de se relacionar, mesmo que casualmente, mas não devem funcionar como "substitutos" ou único recurso para quem deseja uma vida sexual plena. Variar os estímulos, vale repetir, é a melhor estratégia.

Fontes: Stephanie Seitz, sexóloga; Natália Cavalcante, especialista em produtos eróticos; Natali Gutierrez, sexóloga.

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