Conteúdo publicado há 8 meses

Ginecologista vira réu por abusar sexualmente de mulheres no Paraná

O médico Felipe Sá Ferreira, de 40 anos, virou réu por abusar sexualmente de pacientes em Maringá (PR).

O que aconteceu:

A Justiça aceitou a denúncia do MPPR (Ministério Público do Paraná) contra o médico. Ele está preso preventivamente desde junho.

Com isso, o ginecologista e obstetra vai responder por 23 violações sexuais mediante fraude, 14 tentativas de violações sexuais, além da prática de violência psicológica e estupro de vulnerável.

"Todas as vítimas que a gente ouviu relataram que os abusos aconteceram dentro do escritório desse médico", disse o delegado Dimitri Tostes Monteiro, responsável pelo caso, à TV Globo.

O UOL entrou em contato com a defesa de Felipe Sá. O espaço segue aberto, e a matéria será atualizada caso haja alguma manifestação.

Médico preso após denúncias

O ginecologista e obstetra de Maringá foi preso durante uma investigação de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. Felipe Sá Ferreira tem registro ativo no CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Paraná) desde 2011, e trabalhava em um consultório particular no centro de Maringá, onde foi encontrado e preso.

A polícia também fez busca e apreensão de celulares e computadores que foram encaminhados para perícia. Os itens estavam na casa e no consultório do médico.

O Conselho Regional de Medicina abriu um procedimento para apurar as denúncias. "Como determina o Código de Processo Ético-Profissional, o trâmite ocorre sob sigilo, assegurando-se os requisitos de contraditório e ampla defesa", disse o CRM-PR em nota.

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Médico falava de "saúde da mulher" e "parto com respeito" nas redes sociais

Felipe Sá é mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e já atuou como professor em universidades paranaenses, segundo a biografia publicada em seu site. "Trabalha há mais de uma década em Maringá e região na construção de uma assistência materno-infantil mais humana, segura e mais saudável", diz o texto.

Nas redes sociais, Felipe diz ser defensor de um "parto com respeito". Seu perfil profissional tem 20 mil seguidores, com postagens que respondem a dúvidas de maternidade e gestação. O médico também afirma ser filiado ao Partido Novo e membro da Associação Médico-Espírita do Brasil.

Como denunciar violência médica

Em casos de violência cometida por um profissional de saúde, seja obstétrica ou sexual, é possível fazer denúncias em diversos canais.

Você pode procurar a ouvidoria do próprio hospital ou clínica. Também recebe denúncias o conselho regional de medicina de cada Estado (é possível encontrar informações neste link acessando a aba contatos). Caso o denunciado seja um enfermeiro, auxiliar ou técnico, procure o conselho de enfermagem da região (veja contatos dos órgãos por Estado neste link).

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O Ministério Público Federal é outro órgão que pode receber denúncias, inclusive pela internet, neste link. Ainda podem ser acionados o Ministério da Mulher por meio do Ligue 180, canal do governo federal que funciona 24 horas por dia —funciona também por WhatsApp no número (61) 9610-0180 ou clicando neste link. O Disque Saúde, do Ministério da Saúde, é outra alternativa, e funciona no número 136.

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