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Por que 60% dos brasileiros estão felizes no amor e sexo... menos a Gen Z?

Claro, o percentual muda entre gêneros e gerações - Getty Images
Claro, o percentual muda entre gêneros e gerações Imagem: Getty Images

De Universa, em São Paulo

17/02/2023 09h41Atualizada em 17/02/2023 16h37

Ao menos 60% dos brasileiros se dizem satisfeitos com a própria vida sexual. Além disso 72% afirmam que se sentem amados, segundo a pesquisa "Love Life Satisfaction" (Satisfação da vida amorosa, em tradução livre), feita pela Ipsos em 32 países.

O país ocupa a 22ª posição na primeira categoria e a 25ª na segunda:

  • 1. China (79%)
  • 2. Indonésia e Tailândia (ambos com 75%)
  • 22. Brasil (60%)

A média global é de 63%. Na outra ponta do ranking aparecem suecos (55%), sul-coreanos (44%) e japoneses (34%).

Os que se sentem mais amados:

  • 1. Holanda (90%)
  • 2. Indonésia (87%)
  • 3. Argentina (84%)
  • 25. Brasil (72%)

A média global é de 76%. Os últimos colocados são Bélgica (64%), Coreia do Sul (53%) e Japão (49%).

Satisfação em relação aos parceiros:

  • 1. Indonésia e Holanda (94%)
  • 2. Tailândia e Malásia (90%)
  • 2. Brasil (78%)

78% dos brasileiros afirmaram estar satisfeitos com seus pares. Com isso, o país está na ponta de baixo do ranking, melhor apenas que Alemanha (77%), Itália (76%), Coreia do Sul (73%) e Japão (70%).

A média global é 84%.

Segundo a Ipsos, a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Como entender os dados?

Alto grau de satisfação. Apesar de o país ficar um pouco abaixo da média global nos três itens pesquisados, ainda assim eles indicam um índice expressivo, segundo Marcos Calliari, CEO da Ipsos Brasil.

Para os brasileiros, estar em um relacionamento ainda é tido um valor importante e, para muitos é visto como uma prioridade, já que há uma grande valorização da família e das relações amorosas - um cenário que, por diferentes nuances culturais, é comum em países latino-americanos.

Há uma diferença entre gênero e gerações. O CEO afirma que 64% dos homens brasileiros declaram estar satisfeitos com suas vidas amorosa/sentimental; já entre as mulheres este número cai para 56%.

Quando se trata de gerações, a discrepância ainda é maior.

No nosso recorte geracional, os brasileiros da Geração X são os mais satisfeitos (66%). Pela faixa etária, muitos já estão com famílias constituídas e têm relacionamentos mais estáveis. Já os menos satisfeitos são os brasileiros da Geração Z (38,2%), o que é esperado, já que, por serem os mais jovens, ainda estão descobrindo seu papel no campo sentimental.

Países asiáticos têm visão mais otimista. Calliari ainda explica que um traço comum entre países asiáticos — exceto o Japão — é que os cidadãos costumam ter um grau mais elevado de satisfação e uma visão positiva sobre diferentes pautas. Em uma pesquisa sobre o otimismo para 2023, Indonésia, Tailândia e China apresentaram concordância maior que 80%.

Quando acompanhamos, por exemplo, a percepção de rumo certo do país, Indonésia e Tailândia sempre apresentam níveis bastante altos, ficando frequentemente no Top 5 dos 30 países pesquisados. O mesmo ocorre na nossa análise do índice de confiança do consumidor, encabeçado há quase três anos pela China.

China, inclusive, está entre as nações mais felizes.

A China ainda aparece entre as três nações nas quais as pessoas se autodeclaram mais felizes, de acordo com onda mais recente da nossa pesquisa Global Views on Happiness.

A pesquisa ouviu 22.508 pessoas entre 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro de 2023, sendo mil no Brasil. Também foi feita nos seguintes países: Arábia Saudita, África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Emirados Árabes, Estados Unidos, Espanha, França, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Malásia, México, Peru, Polônia, Portugal, Singapura, Suécia e Turquia.