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Estupro, trisal e vários abortos: o que é verdade no filme sobre Marilyn

A atriz Ana de Armas é Marilyn Monroe em "Blonde", da Netflix - Divulgação/Netflix
A atriz Ana de Armas é Marilyn Monroe em "Blonde", da Netflix Imagem: Divulgação/Netflix

De Universa, em São Paulo

28/09/2022 12h53Atualizada em 29/09/2022 11h30

Lançado nesta quarta-feira (28) pela Netflix, o filme "Blonde" conta a história da atriz Marilyn Monroe por uma perspectiva mais baseada na vida pessoal do que na da grande estrela de Hollywood.

Baseado no livro de mesmo nome escrito por Joyce Carol Oates, traz fatos reais da vida de Marilyn misturados de ficção. Ou seja: uma parte é verdade, outra parte é invenção. Tanto o diretor do longa, Andrew Dominik, quanto a autora do livro reforçam que não se trata de uma biografia.

Ainda assim, muitos episódios contados na tela têm relação com passagens reais da vida da atriz. Veja:


Estuprada em teste de elenco

Já no começo do filme, Marilyn está participando de um teste de elenco quando o presidente do estúdio em questão a estupra. Ela, em estado de choque, começa a chorar e não consegue reagir. Em seguida, recebe a notícia de que conseguiu o papel.

Segundo Michelle Morgan, autora da biografia " The Girl" (do inglês, "a garota", sem edição brasileira), a atriz chegou a afirmar que nunca passou por um episódio do chamado "teste do sofá" e criticava publicamente a prática, muito comum na época.

Atriz começou sua carreira aos 26 anos - Reprodução / Internet - Reprodução / Internet
Atriz começou sua carreira aos 26 anos
Imagem: Reprodução / Internet

Outros relatos de pessoas próximas dizem que ela era vítima constante de assédio sexual praticado por Joseph Schenck, de 70 anos, chefe do estúdio 20th Century Fox.

Além disso, diversas biografias de Marilyn relatam que ela foi abusada na infância. Órfã, passava por abrigos para crianças e lares temporários de adoção. Nesses lugares, afirmou ter sido violada algumas vezes.


Trisal com dois homens

Em "Blonde", Marilyn tem um relacionamento com dois ao mesmo tempo e aparece muito feliz por viver nesse trisal.

Um dos homens é Cass Chaplin, filho de Charlie Chaplin, e o outro é Eddy G., filho do ator Edward G. Robinson.

Embora não haja registros que provem a relação simultânea com ambos, ela teria se relacionado com o filho de Chaplin no início de sua carreira. O próprio Cass, no livro em que escreveu sobre o pai, sugere que o namoro com ela tenha mesmo acontecido.


Abortos em clínicas e espontâneos

Entre as diversas biografias escritas sobre Marilyn, alguns falam dos abortos pelos quais a atriz passou. Segundo Norman Mailer no livro "Marilyn", foram 12, entre casos espontâneos e induzidos.

No primeiro deles mostrado no filme, fica sugerido que ela, apesar de feliz com a gravidez, sucumbiu a pressão do estúdio para abortar. Foi levada a uma clínica e, lá, diz que mudou de ideia.

Na estreia do próximo filme, diz pra si mesma: "Foi pra isso que você matou o seu bebê?". Vale ressaltar que pensamentos e momentos mais íntimos fazem parte da ficção presente nas obras.


Agredida por marido ciumento

Marilyn em cena icônica do filme "O Pecado Mora ao Lado", de 1955 - Reprodução - Reprodução
Marilyn em cena icônica do filme "O Pecado Mora ao Lado", de 1955
Imagem: Reprodução

Marilyn foi casada com o astro do beisebol Joe DiMaggio, retratado como um homem ciumento, que bate nela após a gravação da icônica cena em que o vestido branco dela levanta por causa do vento. Essa não teria sido a primeira vez que ele batia nela

No documentário "O Mistério de Marilyn Monroe: Gravações Inéditas", também da Netflix, entrevistados remontam essa passagem e afirmam que realmente ocorreu. O casal estava em um quarto do hotel quando foi agredida, e ela disse que chegou a gritar por ajuda. No outro dia, apareceu com hematomas pelo corpo. Mas escondeu as manchas com maquiagem e continuou as gravações.

Ausência paterna foi o maior trauma

A atriz nunca soube quem era seu pai, e o trauma é relatado como causa da busca constante de atenção e reconhecimento ao longo de sua vida.

De fato, ela não chegou a conhecer o pai. E embora o filme mostre cartas que ela teria recebido dele, as cenas têm mais ligação com delírios da atriz, que passou a vida em busca da identidade dele, do que com a realidade.

Sonho de ter uma família

Apesar de ter feito diversos abortos, Marilyn dizia, como mostra "Blonde", que seu sonho era formar uma família.

Ao longo dos seus casamentos, chegou a engravidar e perder os filhos espontaneamente, o que a levava a quadros de tristeza graves. Isso indica que, apesar de alguns interrupções feitas em clínica, ela ainda tentava levar as gestações adiante para se tornar mãe.

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