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Deputadas apresentam PL para priorizar grávidas na vacinação contra a covid

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), grávida do primeiro filho, é coautora do projeto de lei ao lado de Talíria Petrone (PSOL-RJ)  - Reprodução / Twitter
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), grávida do primeiro filho, é coautora do projeto de lei ao lado de Talíria Petrone (PSOL-RJ) Imagem: Reprodução / Twitter

De Universa

15/04/2021 00h23

O Brasil ocupa o 1º lugar no ranking de países com mais mortes por covid-19 de mulheres gestantes e puérperas no mundo. Por conta disso, as deputadas federais Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) protocalaram nesta quarta (14), na Câmara, um projeto de lei que pede a inclusão de grávidas e puérperas no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19. A expectativa é que o PL seja pautado em regime de urgência para votação, na próxima semana.

Na proposta, Sâmia e Talíria citaram um estudo publicado na revista científica "International Journal of Gynecology and Obstetrics" sobre a tragédia da covid-19 no Brasil que destaca que a "mortalidade de pessoas gestantes e puérperas pela doença é, sozinha, equivalente a 77% de todas essas mortes no mundo, em todos os demais países somados".

Segundo o mesmo estudo, no mundo todo as taxas de mortalidade pela covid-19 foram 13 vezes maiores em grávidas do que em indivíduos com idades semelhantes.

A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) - Reprodução - Reprodução
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ)
Imagem: Reprodução

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, 252 gestantes morreram em decorrência da covid-19.

Sâmia Bonfim, que está grávida do primeiro filho, participou na semana passada de uma reunião com a ginecologista e obstetra Melania o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que apresentou projeto semelhante, para tratar da prioridade na vacinação de grávidas e puérperas.

Um manifesto publicado pela Rede Feminina de Ginecologistas e Obstetras diz que o governo ainda não tomou providências para reduzir a mortalidade materna por covid-19 no Brasil.

No manifesto, as ginecologistas afirmam que embora haja evidências científicas de que a gestação e o pós-parto aumentam o risco de complicações e morte por covid-19, também houve falhas assistenciais no atendimento a essas mulheres. "Além da desorganização dos serviços de assistência pré-natal, com suspensão de consultas, encontramos problemas importantes de acesso ao atendimento adequado da covid-19, falta de testes diagnósticos, falta de insumos terapêuticos e de leitos de UTI específicos para a população obstétrica", diz o documento.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, 252 gestantes morreram em decorrência da covid-19.