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João de Deus é denunciado pela 13ª vez por crimes sexuais

Defesa de João de Deus afirma que ele é inocente - Walterson Rosa/Folhapress, PODER
Defesa de João de Deus afirma que ele é inocente Imagem: Walterson Rosa/Folhapress, PODER

Pedro Paulo Couto

Colaboração para Universa, em Goiânia

16/12/2020 11h26Atualizada em 16/12/2020 19h50

O MP-GO (Ministério Público de Goiás) denunciou ontem o João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, sob suspeita de prática de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude, envolvendo 18 mulheres. É a a 13ª denúncia contra o ex-médium.

No documento, os promotores de Justiça Ariane Patrícia Gonçalves e Luciano Miranda explicaram que em relação a 11 vítimas, os crimes estão prescritos e, nesse caso, elas figuraram apenas como testemunhas para reforçar a ação do denunciado.

Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 1999 e 2018, envolvendo vítimas dos estados de Goiás, Pará, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia. De acordo com os promotores, entre as provas apresentadas estão relatos, testemunhos, fotografias e documentos.

Hoje são completados dois anos da prisão de João, que desde março está em regime de prisão domiciliar, por pertencer ao grupo de risco da covid-19. João de Deus tem 78 anos, é hipertenso e tem problemas cardíacos. Ele cumpre a pena em uma das suas residências na cidade de Anápolis (GO).

O ex-médium já foi condenado duas vezes e as penas somadas chegam a 59 anos de prisão. Segundo o MP-GO, existem outras quatro investigações em andamento contra João por crimes sexuais cometidos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

Em nota, a defesa de João de Deus afirma que ele é inocente e que a inocência será provada durante o processo judicial.