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Mayra Cardi x Aricia Silva: por que não devemos escolher um lado

A empresária e influencer Mayra Cardi - Reprodução / Instagram
A empresária e influencer Mayra Cardi Imagem: Reprodução / Instagram

De Universa

05/07/2020 13h07

A empresária Mayra Cardi foi ao Instagram no sábado (4) para falar, mais uma vez, sobre seu casamento com o ator Arthur Aguiar e expor uma traição do ex-marido. O desabafo foi feito após a modelo e ex-panicat Aricia Silva ser apontada como amante de Aguiar e negar. "Não tenho vocação. Não nasci para ser amante", afirmou Aricia.

Mayra, que não havia se referido nominalmente a ela até então, explicou que, quando pediu ao então marido que saísse de casa, ele alugou um apartamento e, nas conversas com o locatário por e-mail às quais Mayra tinha acesso, chamava Aricia de namorada.

Há uma semana, Mayra havia postado em seus stories um relato sobre a relação abusiva que viveu com Aguiar e as várias traições que descobriu posteriormente. Também vazou um áudio dela, enviado à família do ex, em que chama a então namorada dele — sem citar nome — de "puta".

Não demorou muito para que começassem a tomar partido de uma ou outra nas redes sociais. Aricia, inclusive, diz estar sendo atacada com mensagens agressivas nas redes sociais e revelou que até sua mãe está recebendo os ataques.

Mas, se o desejo for o de defender mulheres, esse tipo de "briga" não traz nada de positivo nem para Mayra nem para Aricia, ou quaisquer que sejam as envolvidas em uma história como essa. Entenda por quê.

Porque quem deve fidelidade e lealdade é o sujeito

A própria Mayra deixa claro esse ponto em uma de suas falas. "Não acho que você é culpada, de forma alguma", diz, se dirigindo a Aricia. "O casado era ele. Então, quem devia respeito a mim era ele."

Para a psicóloga clínica e psicoterapeuta Mônica Bayeh*, quem deve explicações à mulher é o parceiro. "As outras mulheres podem, sim, desejar o seu homem. Fazer o quê, se vocês têm o mesmo gosto? Elas não combinaram nada com você. Cabe a ele dizer 'não' e cumprir o acordo de ser fiel e estar ao seu lado por vontade própria", fala. E ela diz mais: chamar uma mulher de "pivô" de alguma situação e passar pano para o homem só serve para reforçar o comportamento masculino de que pode repetir a ação inúmeras vezes. Afinal, se ele foi perdoado uma vez, por que não o seria novamente?

Porque é uma forma de perpetuar o machismo

Na opinião da psicóloga Livia Marques*, as mulheres, hoje, têm mais voz e argumentos e se unem para discutir melhorias para si próprias. Porém, infelizmente, a cultura machista ainda é alimentada socialmente e ensinada a meninos e meninas. Ainda crianças, as garotas são incentivadas a se encararem como rivais. A outra é sempre uma ameaça que pode "roubar" o seu amor a qualquer momento. "Mulheres não roubam ninguém. Os homens vão atrás se quiserem. E vão bem felizes, andando com as próprias pernas", observa Mônica.

Porque se o homem alimenta a treta, não merece sua energia

"É comum encontrar homens que incentivam a treta entre duas mulheres e se deliciam ao se verem disputados. Esse tipo não merece a energia que se gasta com ele. Essa triangulação é podre", observa Mônica. Esse é um comportamento bastante comum entre homens, e não é exclusividade dos famosos. Por isso, Mônica ressalta que é importante que todas as mulheres que se vejam numa situação dessas parem para pensar.

"Reflita: você quer mesmo participar de um joguinho sádico de alguém inseguro precisando se sentir amado? Às custas da sua paz? Nem pensar", observa Mônica. "Use esse tempo para cuidar da sua autoestima, fazendo as coisas que gosta, por exemplo", completa Livia.

*Com informações da matéria Por que nenhuma mulher deveria brigar com outra por causa de homem?.