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Quer ser mais feliz no sexo? Veja 6 atitudes que precisam ser repensadas

Fingir orgasmo ou querer gozar sempre podem acabar com o seu prazer - iStock Images
Fingir orgasmo ou querer gozar sempre podem acabar com o seu prazer Imagem: iStock Images

Heloísa Noronha

Colaboração com Universa

08/07/2019 04h00

Devemos apostar em várias coisas para ter mais prazer na cama: na masturbação, na quebra de tabus, na imaginação, em sex toys. Tão importante quanto, porém, é reconhecer de quais atitudes e pensamentos é preciso abrir mão e se libertar para, enfim, se dar uma chance de conquistar uma realização sexual plena e saudável. Exemplos? Vamos lá:

Não falar o que quer com medo de ser julgada

Dizer do que gosta ou não na cama, para muitas mulheres, é uma atitude muito difícil. E o receio da exposição, na maioria das circunstâncias, é calcado em fatores justificáveis: educação repressora, crenças limitantes, tabus que atravessam gerações, experiências anteriores ruins. No entanto, se a mulher não tiver coragem de dizer que prefere determinado estímulo e posição, pois é assim que obtém orgasmo, dificilmente vai ter uma vida sexual saudável e prazerosa. "Se você está a fim de inovar, fale. Muitas pessoas sentem tesão em ouvir certos pedidos. As chances de vocês entrarem em sintonia e terem um sexo bem mais gostoso são grandes", fala a psicóloga Raquel Fernandes Marques, da Clínica Anime, de São Paulo (SP).

Ultrapassar limites para agradar

Se você não se sente à vontade para praticar sexo anal ou realizar determinada fantasia, não faça. "Jamais ultrapasse seus limites, pois você estará violando seus prazeres e se desrespeitando e não há nada no mundo que valha mais que seus próprios valores e desejos", diz Gislene Teixeira, especialista em relacionamento e sexualidade e mediadora de conflitos, de São Paulo (SP). "Sexo bom deve ser sempre bom para os dois. Se for apenas para uma das partes, já está tudo em desajuste", completa. O diálogo e os acordos prévios são os ingredientes fundamentais para alcançar isso.

Fingir orgasmo

Você pode até enganar o parceiro, mas não engana a si mesma. Fingir orgasmo gera ansiedade, expectativa e frustração e isso pode comprometer todas as transas futuras. "O parceiro precisa saber que ainda não foi dessa vez e que talvez precise se empenhar um pouco mais nas preliminares, no ato, no afeto, no carinho. Ao admitir que não gozou, você abre uma excelente oportunidade para começarem a 'treinar' novamente em busca desse 'tal orgasmo' que nem sempre se acha com facilidade. O que vale é o prazer compartillhado no processo e não o resultado", pontua Gislene.

Querer gozar sempre

Segundo Raquel, muitas vezes pensamos - de maneira errônea - que o sexo se baseia em penetração, orgasmo e pronto, mas o sexo vai muito mais além. "Trata-se de aproveitar o percurso, sentir cada carícia e movimento e se conectar com seu parceiro", diz. Já a psicóloga Livia Marques, do Rio de Janeiro (RJ), avisa que a tensão em gozar atrapalha tudo. "Essa ansiedade toda faz mal e tem o efeito contrário ao esperado, não permitindo que você sinta prazer. Tente relaxar o corpo e a mente e aproveitar o momento", fala.

Ignorar desconfortos e continuar a transa

Desista de tentar ser a Mulher Maravilha em nome do prazer a todo custo. Incômodos como cãibras, ardência na penetração e dores físicas devem ser comunicados imediatamente ao parceiro. "Assim é possível parar e verificar o que está acontecendo. Às vezes, uma troca de posição já melhora a situação. Às vezes, deixem para recomeçar no outro dia, em outro momento", sugere Gisele. Seguir em frente desrespeitando os próprios limites apenas para "cumprir tabela" ou agradar alguém não vale a pena. Porque, no fim das contas, de que forma você estará curtindo?

Ter vergonha do próprio corpo

"Enquanto a mulher achar que o seu corpo define quem ela é, fica difícil se olhar sem todas as sensações negativas que ele causa, como vergonha, frustração, insatisfação e raiva. A mulher precisa, antes de mais nada, treinar olhar para o seu corpo de fora, lembrando sempre que ele é apenas um detalhe dentro de tudo o que ela é", diz Raquel. Mesmo porque a silhueta não tem nada a ver com a disposição de uma pessoa em dar e receber prazer, em se entregar na cama e em curtir o momento plenamente, não é mesmo?