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Mulheres protagonizam um mundo em evolução


Danai Gurira, de "Pantera Negra" e "Vingadores": "Me considero africana"

Danai Gurira em ensaio para a revista "Porter" - Reprodução/Instagram
Danai Gurira em ensaio para a revista "Porter" Imagem: Reprodução/Instagram

Da Universa

29/04/2019 10h12

De volta aos clássicos da Marvel na pele da guerreira Okoye, de "Os Vingadores: Ultimato", Danai Gurira ficou conhecida do público ao interpretar a destemida Michonne na série "The Walking Dead".

Nascida em uma família africana, a atriz viveu nos Estados Unidos durante a infância e voltou para o Zimbábue quando tinha 5 anos. Apesar de ter sido criada em território norte-americano, ela reforça suas raízes em entrevista recente para a revista "Porter".

"Sou definitivamente uma mistura desses dois mundos. Eu sabia que, logo que eu cheguei aos EUA, eu precisaria estar alerta. Estar em uma terra com tanto acesso e também excessos te fazem pensar que você precisa ter claro o que você está fazendo e porque está fazendo e como você vai se responsabilizar por todas as oportunidades disponíveis como uma cidadã americana. E ficou claro para mim que eu manteria uma conexão tangível e ativa com o Zimbábue. Quando me mudei para a África quando menina, eu achava que era americana. Então, quando voltei, percebi como era africana", contou.

Danai também relembrou a importância do papel de seu pai dentro de casa.

"Eu estava definitivamente em uma casa com um pai que não sentia nenhuma necessidade de dominar o espaço. Ele sempre nos deu total espaço e acesso para que a gente desse nossas opiniões. É um absurdo esse conceito de quem um homem é mais capaz, ou mais inteligente, ou que merece mais uma posição ou que tem mais acesso a essa posição que qualquer outra mulher. Eu sempre vi a questão da igualdade de maneira muito clara."

A atriz está escalada para a adaptação do livro "Americanah" ao lado de Lupita Nyong'o. O filme será inspirado na obra de mesmo nome da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Por conta do filme, as duas viajaram juntas para a África e tentaram evitar o assédio da imprensa.

"Tentamos muito não chamar atenção. Passamos um tempo muito importante lá. Chimamanda nos apresentou muitos de seus amigos que trabalham com moda que faziam coisas muito bonitas. Eu me considero africana. Amo a diversidade do continente", afirmou ela, que ainda comentou das dificuldades de levar a historia para os cinemas.

"Engraçado que eu e Chimamanda temos uma semelhança muito interessante. Nós duas fomos criadas por acadêmicos, aqui ou em um campus na África. Vimos nossos países passando por muita coisa quando estávamos crescendo. E voltamos para os Estados Unidos para estudar. Lupita também", contou.