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Gêmeos idênticos assumem transexualidade e passam por transição juntos

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Da Universa

24/10/2018 21h17

Gêmeas, Jaclyn e Jennifer nasceram em junho de 1995 em Baltimore, nos Estados Unidos. Mas foi em 2013 que os dois se uniram ainda mais para assumir a identidade de gênero com a qual sempre se identificaram.

Nascidos em uma família cristã conservadora, assim que chegaram aos 18 anos, os irmãos idênticos resolveram passar juntas pela transição hormonal para terem a aparência física masculina.

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Jack e Jace - Reprodução - Reprodução
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Em entrevista ao "Daily Mail", Jack e Jace, como se identificam atualmente, afirmaram que na infância rezavam antes de dormir para "acordar como um menino", uma vez que não entendiam a questão da transexualidade, pouco falada e discutida há alguns anos.

"Quando éramos crianças, eu chorava e rezava para Deus para acordar em um corpo masculino, eu não entendia nada sobre a transexualidade. Hoje, eu estou muito mais feliz comigo mesmo do que estive a vida inteira. Aquele sentimento desconfortável com que eu vivia desapareceu completamente", afirma Jack.

Em 2017, os dois começaram a tomar medicamentos para crescer barba e fizeram a cirurgia para a retirada das mamas.

Jack e Jace - Reprodução - Reprodução
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"Quando nós nos assumimos, foi para a família toda, de uma vez só - mamãe, papai e nossa irmã mais velha. Nossos pais nunca tinham visto algo parecido antes disso. Nunca tiveram experiências com pessoas gays ou transgênero. E meu pai é um pastor", complementou o jovem, atualmente com 23 anos.

Xerife oficial da Justiça, Jack afirma que, no começo, muitas pessoas no ambiente de trabalho não sabiam lidar com a situação e ainda se referiam a ele como "ela".

"Toda vez que eu ouvia 'ela' ou 'dela' era como se me chutassem no estômago. Machuca, mas eu entendo. Quando jovem, eu era cético em relação a mim mesmo. Para algumas pessoas é difícil digerir essa realidade", diz.

Jack e Jace 2 - Reprodução - Reprodução
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Já Jace afirmou que ter o apoio do irmão foi fundamental para passar por essa fase de descobertas.

"Honestamente, o lance de ser gêmeos nos ajudou. Se eu voltasse para quando tinha 15 ou 16 anos, eu nunca pensaria que teria chegado até aqui. Era uma fantasia e eu sempre desejei ser feliz, mas nunca tive coragem o suficiente. Com meu irmão, eu não me sinto sozinho. Alguém está vivendo as mesmas experiências que eu, isso me fortalece", conclui.